Sabrina condiciona escolha do novo partido a liberdade para apoiar Meirelles

08 janeiro 2022 às 14h30

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Vereadora e pré-candidata a deputada federal conversa com pelo menos cinco legendas. Ela tem preferência pelo Republicanos, sigla que tem João Campos como pré-candidato ao Senado, mesmo cargo que Henrique almeja

A escolha de um novo partido para abrigar o projeto de Sabrina Garcez (PSD) de concorrer à Câmara dos Deputados este ano está condicionada a plena liberdade para apoiar a pré-candidatura de Henrique Meirelles, hoje correligionário dela no Partido Social Democrático, ao Senado Federal. Em conversa com pelo menos cinco legendas – o Republicanos, partido do prefeito Rogério Cruz, com qual Garcez mantém parceria político-administrativa; Solidariedade (SDD); Partido Trabalhista Cristão (PTC); Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e do Partido dos Trabalhadores (PT) -, a vereadora descarta qualquer possibilidade de a mudança de legenda afetar o trabalho que ela tem desenvolvido junto ao atual secretário da Fazenda e Planejamento de São Paulo, estado governador por João Dória (PSDB).
“Todo mundo sabe da minha ligação [com Meirelles]. Ele é a minha prioridade. Inclusive, se isso for impeditivo para conversar com outras forças, eu deixarei de conversar”, garante. A pessedista tem sido elemento central na candidatura de Meirelles. Ela tem ajudado a construir agendas junto a prefeitos e líderes goianos e, inclusive, é apontada como potencial coordenadora da campanha do ex-ministro.
O ponto chave nas articulações de Sabrina é que, apesar do diálogo com siglas plurais, ela tem preferência pelo Republicanos, conforme antecipado pelo Jornal Opção. O partido com mais chances de parceira, no entanto, tem o deputado federal João Campos, presidente da sigla em Goiás, como pré-candidato ao Senado, mesmo cargo que Henrique Meirelles almeja.
Inclusive, Rodrigo Melo (Republicanos), um dos coordenadores da pré-campanha de Campos, já disse ao Opção que o atual o presidente regional da legenda está irredutível sobre a candidatura ao cargo de Senador. “O que há de certo é a definição da candidatura do Republicanos ao Senado, que já foi articulada a nível nacional e estadual. É irredutível. A candidatura já está sendo articulada pelo Estado”, adiantou. Segundo Melo, João Campos não deve aceitar nem mesmo a 1ª ou 2ª suplência no Senado. Só lhe interessa a cabeça de chapa.
A convergência entre os dois pretensos senadores que esbarram nos planos eleitorais de Sabrina também se dá no âmbito da formação de chapa. Tanto Meirelles quanto Campos dialogam em busca de vaga majoritária junto ao governador Ronaldo Caiado (Democratas), pré-candidato a reeleição, e ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido). Outro ponto em comum é que Henrique e João afirmam que têm maior proximidade com Caiado. A composição com o atual governo é preferência entre os dois pré-candidatos ao Senado Federal.
Não por acaso, Sabrina Garcez colocará o apoio ao anapolino, ex-ministro da Fazenda e do Banco Central, como fator determinante para a escolha da nova casa. “Estou muito bem acomodada no PSD. Qualquer decisão minha parte do princípio do meu apoio ao candidato Henrique Meirelles”, sublinha. Apesar de se sentir confortável no atual partido, Sabrina disse ao jornal Opção é a mudança para uma nova sigla é algo que pode ser construído.