A cada cinco horas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para atender a um acidente nas rodovias federais que cortam o estado. Por dia, o número chegou a cinco, totalizando 175 ocorrências mensalmente. Ao todo, entre janeiro e agosto, a corporação contabilizou 1.401 acidentes.

As ocorrências, inclusive, resultaram em 1.584 feridos e 129 mortos. O número de acidentes, se comparado ao mesmo período do ano passado, apresentou queda de 4,8%. A baixa também foi sentida nos registros envolvendo feridos (7,7%) e mortos (3%), conforme levantamento da PRF a pedido do Jornal Opção

“Aumentou a gravidade dos acidentes devido ao comportamento negligente do motorista com a segurança própria e de terceiros. Temos menos acidentes, mas os acidentes que ocorreram foram com maior violência, com maior gravidade”, explicou o superintendente da PRF em Goiás, Tiago de Almeida Queiroz.

Desrespeito às leis de trânsito 

A rodovia com maior número de acidentes é a BR-153, uma das mais importantes de Goiás. Nesta segunda-feira, 4, por exemplo, um ciclista, de 48 anos, morreu atropelado no km 513, em Aparecida de Goiânia. O veículo responsável pelo atropelamento fugiu do local sem prestar socorro à vítima.

Tiago afirma que os acidentes estão relacionados a uma série de desrespeitos com as leis de trânsito, como o excesso de velocidade, o não uso do cinto de segurança e a embriaguez ao volante. A junção de álcool e direção, inclusive, é um dos destaques.

“Estamos em um ano pós-pandêmico. As pessoas começaram a sair mais de casa do que nos anos anteriores e o fluxo de veículos, indiscutivelmente, contribui para os acidentes. A engenharia de trafego viário melhorou, inviabilizando que os motoristas adotassem uma maior velocidade nas estradas. Nunca se fez tanta multa de radar, de ultrapassagem e de embriaguez”, afirmou o superintendente.