O pró-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Israel Elias Trindade, afirmou em entrevista ao Jornal Opção que a queda da instituição no ranking mundial difere dos últimos resultados de avaliações institucionais do Brasil, nos quais a UFG “tem se destacado de forma bastante importante”. Mesmo assim, a Universidade ainda está analisando os critérios de avaliação utilizados pela pesquisa para entender a colocação. 

A UFG caiu 34 posições no ranking internacional de instituições de ensino superior do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR). Entretanto, teve nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2023, que mede a qualidade dos cursos e instituições de ensino superior no Brasil. Além disso, teve a inédita nota 5 no Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação.

“A UFG está dentre os 3% das melhores universidades do país. Pela primeira vez a gente alcançou essa marca, o que mostra um crescente da instituição. Boa parte dos nossos cursos estão entre os melhores do país. O curso de engenharia química da UFG, por exemplo, é o melhor do país, segundo avaliação do Enad, entre públicas e privadas. O nosso curso está 41% acima da média das universidades federais”, defendeu o pró-reitor.

Segundo ele, a queda pareceu contrassenso por conta dos dados nacionais. No entanto, essa diminuição foi sistêmica. Além da universidade goiana, outras 45 (87%) das 53 universidades brasileiras listadas no top 2000 tiveram queda. Ele disse que: “isso sinaliza que é uma questão macro. Não é um problema da UFG propriamente, mas um problema político do país. Precisaria avaliar também os dados dos outros países, para saber o que está acontecendo no Brasil, […] analisar o rendimento do nosso país em relação aos demais”.

“A gente fica preocupado quando é pontuado, mas traz um resultado não esperado. E aí precisamos avaliar exatamente onde foi que o estudo apontou queda, exatamente em que ponto a universidade não atendeu bem ao esperado, para entender o processo de avaliação e propor eventuais mudanças que possam trazer as evidências da quantidade do ensino”, disse.

Os critérios e onde a UFG “pontuou e pecou” na avaliação estão em análise pela Secretaria de Planejamento (SecPlan). “Chegou o resultado, a gente avalia, estuda os dados, analisa, para a gente fazer um posicionamento oficial baseado em dados. Como a notícia é muito recente, a gente ainda não fez essa análise dos números”, explicou Israel. 

Mesmo assim, a UFG continua sendo a única universidade goiana a aparecer no ranking. “Se você tem um ranking em que se pontua as melhores universidades, há critérios para isso. Não é qualquer instituição que consegue ser pontuada. Então, só da Universidade Federal de Goiás estar sendo avaliada, isso denota que ela atende aos critérios mínimos para ser avaliada. Isso é uma notícia muito positiva”, afirmou. 

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