Apesar de dentro do Republicanos ter muitos nomes pró-Caiado, Rafael reconhece a dificuldade de unificação da legenda porque esbarra no projeto de Campos de ser candidato único na majoritária

Faltando menos de cinco meses para as eleições, o apoio do Republicanos na corrida pelo Palácio das Esmeraldas ainda é uma questão incerta. Apesar das tentativas de unificação, capitaneadas, principalmente, pelo prefeito Rogério Cruz, o partido segue dividido entre a ala caiadista e a que tenta referendar o nome do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota), sob alegação de que haveria mais espaço para o projeto político do presidente da sigla, o deputado federal João Campos, que almeja disputar o Senado. Apesar do racha interna, o deputado estadual Rafael Gouveia já anunciou apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB). Até agora, segundo ele, o partido deixou livre a decisão de apoio dos filiados.

“Sou deputado da base do Estado. Quando fui para o partido, quando tomei essa decisão, fui justamente com um das principais propostas de que, independente de que posição que o Republicanos pudesse tomar em uma possível composição partidária, meu apoio seria ao governador Ronaldo Caiado”, explica. Apesar de dentro do Republicanos ter muitos nomes pró-Caiado, Rafael reconhece a dificuldade de unificação da legenda porque esbarra no projeto de Campos de ser candidato único dentro de uma chapa majoritária. No entanto, a única vaga de Goiás nas eleições deste ano para o Senado está disputadíssima. Pela base governistas, há uma série de pré-candidatos que também tentam estar do mesmo lado no governador . Até agora, os deputados federais Waldir Soares (UB) e Zacharias Calil (UB); o ex-deputado federal Alexandre Baldy (PP), o senador Luiz do Carmo (PSC) e o deputado estadual Lissauer Vieira (PSD) ambicionam seguir o mesmo caminho de João.

“Entendemos a dificuldade do governador de ter essa definição, mas o que eu vejo é esse desejo dele [João Campos] de ser o candidato único. Pode ser que, em outra chapa, isso seja mais viável de acontecer. Isto porque, lá eles ainda não têm um nome de candidato ao Senado. Já na base do governador, temos diversos nomes. É essa construção que estamos tentando fazer. Isso sem colocar o governador em dificuldade e tentando mostrar ao pré-candidato João Campos que, se for candidato na base do governador, a possibilidade de eleição acaba sendo maior”, afirma ao Jornal Opção.