A queda de um foguete chinês lançado em 2018 provocou um clarão no céu baiano na noite desta sexta-feira, 22. O fenômeno pode ser observado em pelo menos sete cidades da Bahia, além de outros estados como Rio Grande do Norte e Piauí. 

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No início desta semana, a queda de um meteoro também provocou um grande clarão, também observado em cidades da Bahia. Pesquisadores, porém, reforçam que os casos não têm relação e a ocorrência em curto espaço de tempo é mera coincidência.

“O foguete em si é formado por estágios, à medida que ele vai subindo para chegar ao espaço ele vai liberando esses estágios. Existia um estágio desse foguete Longa Marcha 2C que estava orbirtando a Terra desde 2018, só que ele foi decaindo orbitalmente, como a gente fala”, explicou o membro da Rede Brasileira de Observação de Meteoros, Alexsandro Mota, ao g1. 

Segundo o especialista, o lixo espacial foi perdendo a altitude por causa do choque com as moléculas do ar e perdeu velocidade. A gravidade, por consequência, começou a atrair o corpo do foguete cada vez mais.

Alexsandro diz que chega um momento em que o objeto atinge uma camada muito densa de gases, perde velocidade e, então, reentra na atmosfera.

“Uma reentrada pode ocorrer com muita velocidade. A gente está falando de milhares de quilômetros por hora, a gente está falando de 7 mil km por hora. Por isso que fica todo aquele show luminoso no céu, porque a atmosfera sendo atingida por um objeto nessa velocidade vai ficar incandescente, então vai brilhar muito”, concluiu.