“Investigados fazem uso de mulas, que transportam ouro até a Itália com documentação falsa de empresas fictícias. Orcrim traz joias adquiridas na Ásia e EUA, utilizando”

A Operação Ruta 79, da Polícia Federal, desbaratou uma organização criminosa que, entre 2017 e 2019, contrabandeou “mais de uma tonelada de ouro para a Itália”.

O ouro, segundo a PF, é extraído de garimpos ilegais do Norte do Brasil. A ação contou com 120 policiais federais e prendeu várias pessoas e apreendeu bens e documentos no Rio de Janeiro, Angra dos Reis, São Paulo, São José do Rio Preto, Piracicaba, Mirassol e Belo Horizonte.

Ouro apreendido pela Polícia Federal | Foto: Divulgação da PF

Segundo notícia divulgada no site da PF, “as investigações tiveram início após a prisão de um policial federal, envolvido no esquema, responsável pela passagem ilegal da área pública para a área restrita do aeroporto, viabilizando os crimes de contrabando e descaminho. Durante as investigações foram apreendidos mais de 17 kg de ouro e joias avaliadas em mais de 1 milhão de dólares americanos”.

Segundo a Polícia Federal, “os investigados fazem uso de mulas, que transportam o ouro até a Itália utilizando-se de documentação ideologicamente falsa de empresas fictícias sediadas no Paraguai. Em seguida, a Orcrim [Organização Criminosa] traz joias adquiridas na Ásia e EUA, utilizando-se também de mulas para introduzi-las de forma clandestina no Brasil”.

A PF apura os crimes de organização criminosa, prática de crimes de lavagem de dinheiro, contrabando, descaminho, receptação qualificada e usurpação de bens da União.

A operação tem o nome de “Ruta 79” porque “ruta” é rota e “o número 79 faz referência à posição do elemento químico ouro na tabele periódica”.