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Fábio Sousa, que compõe grupo de 19 parlamentares contrários à permanência no governo Temer, criticou decisão 

Deputado tucano não esconde insatisfação | Foto: Zeca Ribeiro/ Câmara Federal

A decisão do PSDB de permanecer apoiando o presidente Michel Temer (PMDB) após a absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não agradou nada parte da bancada tucana na Congresso. Segundo o deputado federal Fábio Sousa (GO) — que defende abertamente o desembarque –, a posição, que veio da cúpula do partido, foi “precipitada e equivocada”.

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“Não concordo de jeito nenhum. Continuo acreditando que não precisamos de cargo para apoiar as reformas e projetos que consideremos importantes para o país. PSDB perde a oportunidade de reconstruir o elo com a população e vai ser cobrado por isso”, alertou.

Em reunião partidária na última segunda-feira (12/6), o PSDB decidiu que, pelo menos por enquanto, não vai deixar a base do governo Michel Temer (PMDB). No entanto, o presidente nacional interino da legenda, senador Tasso Jerissati (PSDB-CE) — que era favorável à saída –, disse que o cenário político será “avaliado diariamente” e a opção poderá ser repensada futuramente.

Para o goiano, o partido está “perdendo o bonde da história” e pode ser prejudicado nas eleições do ano que vem. “Esse abraço dos afogados que é complicado… Sou historiador e falo com convicção: no processo eleitoral, as pessoas valorizam o presente, pensando no futuro. Os políticos do PSDB têm que entender que a sociedade mudou”, arrematou.

Desde quando surgiram as delações da JBS, que colocaram o presidente Michel Temer (PMDB) no centro dos escândalos de pagamento de propina e corrupção, uma ala do PSDB tem defendido a imediata saída do governo. Um grupo de 19 deputados, descontentes com a decisão da cúpula, estuda apresentar um desagravo público, demonstrando a discordância.