Ela desmentiu depoimento do porteiro que envolveu nome de Bolsonaro na investigação e, depois, foi alvo de críticas por ter feito campanha para o presidente em 2018

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A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho pediu afastamento das investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre a morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Ela pediu para sair após uma foto dela com camiseta de campanha de Jair Bolsonaro (PSL) viralizar nas redes sociais.

Postagens nas redes sociais mostram Carmen comemorando a posse do presidente Bolsonaro. “Há anos que não me sinto tão emocionada”, escreveu. Também há foto com o agora deputado Rodrigo Amorim (PSL), protagonista da polêmica quebra da placa com o nome de Marielle Franco em 2018.

Em nota, o MP-RJ informa que, diante da repercussão relativa às postagens da promotora em suas redes sociais, a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou procedimento para análise. A instituição recebeu ainda os pais da vereadora assassinada, Marinete da Silva e Antônio Francisco da Silva, e a viúva de Anderson Gomes, Agatha Arnaus Reis. Segundo a nota eles “defenderam a permanência de Carmen Eliza à frente do processo penal, em andamento no Tribunal de Justiça”.

No entanto, “em razão dos acontecimentos recentes, que avalia terem alcançado seu ambiente familiar e de trabalho, Carmen Eliza optou voluntariamente por não mais atuar no Caso Marielle Franco e Anderson Gomes, pelas razões explicitadas em carta aberta à sociedade”.