Projeto social denuncia demissão de servidores por disputa política em Aparecida de Goiânia
26 agosto 2024 às 14h37
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O Projeto Crescer, que atua há mais de 25 anos nas cidades de Goiás, Vianópolis, Aparecida de Goiânia e Palmas (TO), atendendo mais de 400 crianças, denunciou a demissão de vários funcionários da unidade do Madre Germana, em Aparecida. De acordo com a organização social, as demissões, que envolvem servidores contratados pela Prefeitura, ocorreram sem qualquer tipo de comunicação ou justificativa.
“Essa semana fomos surpreendidos na unidade do Madre Germana com a demissão de vários funcionários que eram contratados pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia. Sem qualquer tipo de comunicação ou justificativa, estão mandando embora nossos funcionários pelo que parece por uma certa briga política”, afirmou um o presidente do projeto, Marlon Brito.
De acordo com o Projeto Crescer, as atividades voluntárias continuam com apenas um professor, “que possivelmente também será mandando embora”. O Projeto trabalha com crianças em situação de vulnerabilidade, atendendo a faixa etária entre 5 e 15 anos.
Procurada pelo Jornal Opção, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia ainda não se manifestou.
Disputa judicial
Em manifestação no processo movido pela Coligação ‘Para Aparecida Seguir Avançando’ (MDB, UB, Podemos, Solidariedade, PP, PSD e PMB) contra as exonerações de servidores públicos meramente por questão política-eleitoral, o prefeito Vilmar Mariano aceitou parar às exonerações de servidores públicos comissionados até 31 de dezembro de 2024, último dia de seu mandato.
De acordo com os partidos, foram mais de 200 exonerações ocorridas nos últimos dias, com fortes indícios de abuso de poder político. A pedido da coligação do candidato a prefeito Leandro Vilela (MDB), o objetivo das exonerações é evitar o desequilíbrio no pleito eleitoral a favor do candidato a prefeito, deputado federal Alcides Ribeiro (PL), que recebeu o apoio do atual do chefe do Poder Executivo.
Às vésperas da convenção do PL, em 28 de julho, o prefeito Vilmar iniciou uma série de exonerações de secretários municipais à copeira. Foram exonerados mais de 11 secretários municipais, que não aceitaram a decisão política do prefeito em apoiar Alcides e permaneceram com Vilela, que tem o apoio do ex-prefeito Gustavo Mendanha e do governador Ronaldo Caiado (UB).
Muitos servidores estavam na Prefeitura de Aparecida, desde 2009, quando começou o primeiro mandato de Maguito Vilela, trabalharam com Gustavo e estavam como auxiliar de Vilmar, que era vice e assumiu o cargo de prefeito em abril de 2022 com a renúncia de Mendanha para disputar o governo estadual. As exceções prevista na defesa do prefeito Vilmar são secretários, secretários-executivos, superintendentes, diretores e coordenadores. Os demais servidores em cargo em comissão, como assessor especial, não podem ser mais exonerados.