Apesar de defender que a pauta é bandeira histórica do tucanato, goiano Giuseppe Vecci reconhece que não há consenso na bancada 

Presidente do PSDB em Goiás, Giuseppe Vecci | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção

Em entrevista ao Jornal Opção, o presidente do diretório estadual do PSDB em Goiás, deputado federal Giuseppe Vecci, afirmou que é “muito difícil” que o partido feche questão em favor da reforma da Previdência.

Na última quarta-feira (6/12), dois partidos da base aliada do presidente Michel Temer declararam apoio ao novo texto, apresentado pelo relator Arthur Maia (PPS): o PMDB e o PTB. A expectativa do governo é que tais decisões gerassem um “efeito cascata”.

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Apesar de defender que a pauta é bandeira histórica do PSDB, o goiano reconhece que não há consenso entre as bancadas na Câmara e no Senado. “O que o partido coloca é no sentido de reafirmar o compromisso com a reforma. Queremos trabalhar em um processo de convencimento dos colegas e não obrigá-los”, explicou

Vecci lembrou ainda que o próprio governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) quase conseguiu aprovar um projeto que estabelecia a idade mínima para aposentadoria, nos idos de 1998. “Faz parte do programa do partido, defender que se acabe com os privilégios, um texto que equilibra o sistema e garante mais recursos para os que ganham menos”, completou.

Ainda não há data para apreciação do texto em plenário, mas o desejo do governo é que a PEC seja votada ainda em 2017. Para ser aprovada, a proposta precisa do apoio de pelo menos 308 votos, em dois turnos.

Pesquisa Datafolha de maio deste ano indicou que 71% dos brasileiros são contra a primeira reforma da Previdência proposta por Temer. No entanto, o governo intensificou propaganda em defesa do projeto e aceitou promover mudança no texto.

Questionado sobre a preocupação de ala do PSDB com o efeito negativo de apoiar a reforma na eleição do ano que vem, haja vista que o candidato do partido, o governador Geraldo Alckmin (SP), marca um dígito em levantamentos recentes, o presidente do PSDB Goiás pondera: “Pessoalmente, entendo que é preciso que tenhamos coragem de fazer coisas que precisam ser feitas. Vai agradar uma parte, desagradas outra… Temos que fazer aquilo que é importante, assumir de frente.”