Em entrevista coletiva, Edilberto de Castro esclareceu dúvidas e defendeu instalação dos postos de descarte de entulho, pensados para facilitar trabalho de coleta

| Foto: Alexandre Parrode/ Jornal Opção
Presidente defendeu ações da companhia “A Comurg está fazendo mais e gastando menos: esse é o nosso lema agora” | Foto: Alexandre Parrode/ Jornal Opção

Em entrevista coletiva concedida durante lançamento de ação da Prefeitura contra o mosquito Aedes aegypti, o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Edilberto de Castro, esclareceu dúvidas sobre a instalação de ecopontos na cidade e defendeu o projeto. A ideia foi alvo de polêmica principalmente entre os moradores da região em que será instalado o primeiro deles, a Vila Alpes.

Edilberto explicou que os ecopontos serão estruturas simples montadas para facilitar o trabalho de recolhimento do lixo. Críticos do projeto chegaram a chamar os ecopontos de “mini-lixões” o que, segundo ele, é um grande equívoco. “O ecoponto é justamente para retirar o lixão”, rebateu. O objetivo é reunir o entulho da região em um só lugar, para que seja possível retirá-lo do bairro todos os dias.

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“Nós vamos pegar essa área, cercar uma pequena parte com cerca ecológica, feita com madeira retirada das árvores que caíram com as chuvas, fazer um piso adequado, colocar as caçambas que recebemos de doação da Amma”, detalhou Edilberto. Assim, a população “poderá fazer destinação correta de entulho, galhadas e pneus” em um lugar ideal para o descarte.

A principal vantagem é que o entulho não ficará no local, pensado apenas para reunir o lixo. “O entulho imediatamente será transportado dentro de nossos caminhões para o aterro sanitário. Em todo ecoponto haverá funcionários trabalhando o tempo todo e o local vai dormir limpo”, disse. “É um projeto bom”, defendeu ele.

Inicialmente, há apenas um ecoponto em um lugar que, segundo ele, foi escolhido por concentrar grande quantidade de entulho. O presidente contou que a Comurg retirou 400 caminhões de lixo do terreno na Vila Alpes, que é uma área pública abandonada. A escolha gerou reclamações por parte dos moradores da região.

“Todo mundo quer que a Comurg passe em frente a sua casa, mas ninguém quer a Comurg perto da sua casa”, ponderou. Ele garantiu ainda que não há moradores vizinhos do terreno e que há, inclusive, uma empresa de caçambas ao lado do ponto.

Sobre as críticas de que o espaço poderia ser utilizado para outras finalidades, ele argumentou que, como a estrutura é simples e fácil de ser retirada, caso haja algum interesse da administração municipal no local, basta retirar a cerca e construir. “Não tem segredo, a estrutura é muito pequena”, disse, acrescentando ainda que “não há nenhum projeto do prefeito Paulo Garcia de construir nada lá esse ano”.

Questionado acerca das críticas dos vereadores de Goiânia de que o projeto deveria ser proposto como uma nova legislação, ele afirmou que isto não seria necessário: “Vamos colocar uma estrutura temporária numa área pública municipal abandonada”. Edilberto também acrescentou ainda que o ecoponto foi adiado para que o projeto fosse discutido na Câmara, mas que deve sair em breve.

Reunião na Câmara dos Vereadores

Mais tarde, Edilberto compareceu a uma reunião na Câmara dos Vereadores para responder as dúvidas dos parlamentares e da população sobre o projeto. Ele voltou a ressaltar a simplicidade da estrutura e que o objetivo é dar aos moradores um local para descartar corretamente o entulho, sem deixá-lo jogado pelas ruas ou na porta das casas por muito tempo.

Estiveram presentes os vereadores Izídio Alves (PMDB), Paulo Magalhães (SDD), Wellington Peixoto (PMDB), Zander Fábio (PSL), Edson Automóveis (PMN), Milton Mercêz (PTB), Mizair Lemes Júnior (PMDB), Paulo da Farmácia (Pros), Jorge do Hugo (PSL), Dr. Gian (PSDB), Antonio Uchôa (PSL), Divino Rodrigues (Pros) e Carlos Soares (PT). Também participaram um representante dos moradores da região, Carlos Eduardo, e membros da ONG Cidadão Consciente.

Trabalho contra Aedes aegypti

No evento da Prefeitura, Edilberto também falou sobre as ações da Comurg na ação conjunta de controle do mosquito transmissor de quatro doenças diferentes (dengue, chikungunya, febre amarela e zika). “A Comurg está retornando ao Jardim América e ao Parque Amazonas, já que no final do ano passado nós limpamos toda essa região, e agora vamos participar dessa força-tarefa junto com o Estado e o Município”, disse.

Segundo ele, a “Comurg vai trabalhar com centenas de homens, com nosso maquinário, vamos fazer a retirada de entulhos e galhadas, a limpeza das bocas de lobo e tapar os buracos aqui da região”.

“Tivemos a maior chuva da história de Goiânia e apareceram buracos em toda cidade, então dobramos a equipe. Estamos com cerca de 30 equipes de tapa-buracos quase 24 horas por dia”, ressaltou Edilberto. “Estamos limpando a maioria das praças e hoje adquirimos cerca de 15 mini-tratores que vão facilitar esse trabalho, já que cada um deles equivale a trinta costais (pulverizares individuais)”

Outro ponto lembrado foi a criação de um número de WhatsApp em que a Comurg recebe denúncias de moradores. “Todas as reclamações que a gente recebe mandamos imediatamente apurar”, garantiu ele. As informações recebidas da população são importantes para otimizar o trabalho dos funcionários da Companhia que, segundo ele, tem se preocupado com a eficiência do serviço. “A Comurg está fazendo maise gastando menos: esse é o nosso lema agora”, finalizou.