Prefeitura de Goiânia e Estado assinam convênio para compra de caminhões de lixo

30 junho 2014 às 13h12

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Prefeito Paulo Garcia se reuniu com o secretário José Carlos Siqueira (Casa Civil) nesta segunda-feira. Primeira parcela está prevista para ser liberada nessa terça, dia 1º

A um dia de completar um mês do anúncio do acordo entre prefeitura de Goiânia e governo estadual para a aquisição de caminhões compactadores de lixo, o prefeito Paulo Garcia (PT) e o secretário da Casa Civil de Goiás, José Carlos Siqueira, assinaram na manhã desta segunda-feira (30/6) o convênio que prevê o repasse de R$ 5,8 milhões do tesouro estadual aos cofres municipais para a compra de 23 veículos. A contrapartida do município será de R$ 200 mil. A previsão é que 50% do montante (R$ 2,8 milhões) seja liberado nessa terça-feira (1º/7) e a segunda parcela está prevista para ser liberada após 60 dias.
Durante o ato de assinatura Paulo Garcia enumerou que o convênio com o Estado demonstra “maturidade institucional” entre o Paço e o governo.
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O intervalo de tempo para a concretização do acordo –– que rendeu neste ínterim polêmicas e trocas de farpas entre governistas e o petista –– se deu, segundo as partes, para a finalização de toda a parte documental, concluída no último dia 26. Recentemente, ao responder críticas de Paulo Garcia direcionadas ao governo, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, criticou a ineficiência da prefeitura em entregar os documentos para concretização do acordo.
Os caminhões compactadores a serem adquiridos têm capacidade mínima de 15m3, e peso bruto total de 16.000kg. Após a aquisição desses caminhões a capital passará a contar com 86 veículos para regularizar de fato da situação da coleta de lixo, que atualmente é investigada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). Dentre as linhas de apuração estão os motivos que levaram ao sucateamento da frota, o que levou à celebração de reiterados contratos emergenciais para a manutenção do serviço.
Crise na coleta teve repercussão nacional
A deficiência no serviço de coleta de Goiânia teve início no dia 24 de abril por conta de atrasos de pagamento por parte da prefeitura à empresa Metropolitana, que suspendeu a locação dos veículos devido dívida de R$ 4,5 milhões –– equivalente a cinco meses de aluguel.
O acúmulo de lixo pelas ruas da cidade chegou a ser assunto de reportagens publicadas em nível nacional que destacaram goianienses tendo de usar máscaras para fugir do odor. A polêmica em torno do assunto, somada às denúncias envolvendo a direção da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), levou a duas trocas no comando da pasta em três semanas. Nelcivone Melo ficou à frente da companhia até o final de abril, tendo assumido logo após o então presidente Luciano de Castro ser afastado pela Justiça. Atualmente preside interinamente a pasta Ormando José Pires Júnior, funcionário de carreira.