A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc/UFG) anunciou a suspensão de atendimentos ambulatoriais e eletivos nas maternidades da Capital. A instituição é responsável pela gestão do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), da Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). A entidade alega que a suspensão deve vigorar “até que seja alcançada a regularidade financeira dos convênios com a Prefeitura de Goiânia”, diz a nota à imprensa.

A Fundahc afirmou que os atendimentos emergenciais estão sendo realizados, mas que há limitações de internações “com possibilidade de transferência de pacientes para outras unidades por meio da Central de Regulação do município”.

“A Fundahc/UFG reforça que, mesmo com o impacto negativo para a população assistida, as medidas foram adotadas para garantir a segurança de pacientes e profissionais. Reitera, ainda, manter o diálogo contínuo com as autoridades competentes em busca de solução definitiva”, completa a nota.

Em nota à imprensa, a Prefeitura de Goiânia disse que há a previsão de novos repasses à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) “na próxima semana”. “Ressaltamos que a assistência de urgência e emergência continua sendo prestada normalmente e que os esforços estão concentrados na rápida normalização dos serviços afetados”, completa.

Crise nas maternidades

Não é a primeira vez que as maternidades de Goiânia entram em regime de contingenciamento devido à falta de pagamento dos contratos com a Prefeitura de Goiânia. No ano passado, os consultórios da maternidade Célia Câmara, no Setor Vera Cruz 1, ficaram vazios por quase uma semana. Os espaços destinados ao atendimento de cerca de 60 mulheres e crianças por dia ficaram fechados após a falta de acordo. O custo mensal de operação da Maternidade Célia Câmara, segundo o plano de trabalho vigente, é de R$ 10,3 milhões.

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