Representante de peso de uma “ala moderna”, tida quase como um “novo PSDB”, o governador sulista segue próximo de efetivar sua base de apoio também em território goiano. Tucanos estimam que a reunião em Goiás no mês de agosto poderá demonstrar isso.

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidenciável tucano

As conversações e articulações da cúpula do PSDB em Goiás não esfriaram após a visita do governador de São Paulo, João Doria, à Goiânia na última semana. Pelo contrário. Agora, a expectativa recaí sobre o nome e visita do governador Eduardo Leite (PSDB-RS), prevista para o mês de agosto.

Os encontros, imbuídos, evidentemente, de interesses mútuos, servirão não apenas para consolidar, ampliar e mostrar a base de sustentação do PSDB nas diferentes regiões do País, mas também para definir alianças internas.

Doria quer voltar ao páreo em 2022 por enxergar entre Lula e Bolsonaro uma exponencial “terceira via”. O político, experimentado que é, tem se preocupado em ressaltar seu nome em um cenário onde não mais se apresenta como única alternativa.

Isso porquê, em paralelo, o nome de Eduardo Leite vem ganhado mais musculatura do que o esperado pelo governador paulista. O fato não só preocupa Doria como também faz com que o grupo tucano voe separado até o momento. 

Leite, por sua vez, tem trabalhado para ampliar sua base de apoio interno ao passo em que segue se destacado nacionalmente. Vale lembrar que o político de carreira se tornou ainda mais conhecido Brasil afora após revelar sua homossexualidade em junho de 2021.

Representante de peso de uma “ala moderna”, tida quase como um “novo PSDB”, o governador sulista segue próximo de efetivar sua base de apoio também em território goiano. Tucanos estimam que a reunião de agosto poderá demonstrar isso.

Há quem diga que o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), já tenha demonstrado, inclusive, uma predisposição ao nome de Eduardo Leite na briga pela presidência.

Questionada sobre o assunto, a vereadora e presidente do PSDB Goiânia, Aava Santiago, endossou a conversa que circula pelos bastidores da sigla. “O Eduardo tem um grande potencial. É um homem preparado, aberto ao diálogo e tem se revelado, cada dia mais, um grande político. Dado seu potencial e carisma, considero essa predisposição até natural”.