Possibilidade de prisão preventiva de Ricardo Salles ameaça o Palácio do Planalto
05 junho 2021 às 15h22
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O ministro do Meio Ambiente se recusou a entregar seu celular durante operação da Polícia Federal e passou a usar outro número de telefone
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, inspira no Planalto o temor de que o relator de um dos processos no STF, Alexandre de Moraes, peça sua prisão preventiva. Na última quarta-feira, 4, Moraes assinou um despacho pedindo que a Procuradoria-Geral da República se manifeste em cinco dias sobre a possibilidade de impor medidas cautelares a Ricardo Salles por ter se recusado a entregar seu celular à Polícia Federal durante operação de busca e apreensão realizada há duas semanas.
No ofício, Moraes diz que “ao ocultar seu celular e mudar o número de telefone no curso das investigações”, Salles incorreu, em tese, “em tipos penais e de improbidade administrativa, visando obstruir a aplicação da lei penal e embaraçando a investigação de organização criminosa transnacional”. O ministro é acusado de favorecer empresas que exportaram madeira ilegalmente para os Estados Unidos e de atuar em favor de madeireiras ilegais, e poderia ser preso de forma “cautelar” e em flagrante por tentativa de obstruir investigações.
Salles continua contando com a defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas a situação pode mudar com a “carta da prisão” e o ministro pode ser afastado do cargo temporariamente, segundo o jornalista Josias de Souza.