Polícia conclui inquéritos e indicia cinco suspeitos por auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa
27 julho 2021 às 17h37
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Entre os indiciados estão um fazendeiro da cidade, o caseiro da propriedade rural, a então esposa de Lázaro, a ex-companheira e a ex-sogra do serial killer
A Polícia Civil indiciou cinco suspeitos de auxiliar na fuga de Lázaro Barbosa Sousa, 32 anos, durante as duas semanas que permaneceu foragido na região de Cocalzinho de Goiás. Entre os indiciados estão um fazendeiro da cidade, o caseiro da propriedade rural, a então esposa de Lázaro, a ex-companheira e a ex-sogra do serial killer.
Ao todo, 13 inquéritos policiais instaurados foram concluídos e já remetidos ao Poder Judiciário. Um dos alvos é o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos. Ele chegou a ser preso no dia 24 de junho, mas foi solto em 17 de julho.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás não conseguiu identificar a suposta rede de apoio formada por empresários, políticos e fazendeiros da região do Entorno do Distrito Federal que teriam ajudado Lázaro a escapar do cerco policial.
De acordo com a investigação, Evangelista teria auxiliado Lázaro, dando abrigo e comida. O fazendeiro teria ainda proibido que a força-tarefa entrasse em sua propriedade para a realização de buscas. Além do auxílio na fuga, o produtor rural foi ainda autuado em flagrante e indiciado por posse irregular de duas armas de fogo.
Contra as três mulheres indiciadas, a Polícia Civil diz que elas cometeram o crime de auxílio a suspeito para fuga de ação policial, previsto no artigo 348 do Código Penal. A pena vai de um a seis meses de prisão e multa.
Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto pela polícia no final de junho, após confronto com agentes que integravam a força-tarefa que tentava capturá-lo há 20 dias. Alvejado por quase 40 tiros, ele chegou a ser encaminhado para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Depois de sua morte, a polícia de Goiás começou a investigar a rede de apoio do matador de aluguel. As autoridades acreditam que o criminoso não agia sozinho. Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, ele fazia parte de uma organização criminosa que reunia de fazendeiros a políticos da região.