O Banco Central (BC) revisou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e elevou a previsão para 2,9% até o final de 2023. A instituição também antecipa um aumento na taxa de inflação para 5%, o que supera a meta estabelecida pelo governo de 3,25% para este ano.

Segundo os números do Relatório de Inflação do BC, divulgados nesta quinta-feira, 28, a revisão do crescimento econômico se baseou em uma alta de 0,9% no segundo trimestre, que “foi bem maior do que o esperado”. O desempenho do setor agropecuário também contribuiu significativamente para esse resultado.

Apesar disso, “permanece a perspectiva de que o ritmo de crescimento não se mantenha tão forte nos próximos trimestres”. A projeção de crescimento para a economia brasileira em 2023 foi ajustada de 2,0% para 2,9%. Já para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,8%, com previsão de uma menor contribuição do setor agropecuário para a economia do país.

Inflação

No que diz respeito à inflação, conforme previsto pelo Banco Central, a taxa acumulada em 12 meses aumentou de 3,9% em maio para 5% em agosto. A autoridade monetária explicou que o cálculo não inclui mais os meses de 2022 nos quais houve redução de impostos e dos preços dos combustíveis.

O Banco Central esclareceu que, embora os núcleos de inflação ainda estejam acima da meta estabelecida, eles continuam a se reduzir, “sugerindo continuidade do processo de desinflação”.

“As expectativas de inflação futura dos analistas econômicos recuaram após a decisão do Conselho Monetário Nacional sobre a meta de inflação, mas se mantêm acima da meta de 3%”, completa.

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