Se expulsa, deputada não mais poderá disputar a Prefeitura de Trindade

O PDT anunciou, nesta terça-feira (18/4), que abrirá processo de expulsão contra seis parlamentares da legenda que votaram a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), dentre eles a goiana Flávia Morais.

“Com todo respeito pelo posicionamento do meu partido, mas atendendo o apelo do povo de Goiás, eu voto sim”, afirmou Flávia ao justificar seu voto, na sessão do último domingo (17).

Pré-candidata à Prefeitura de Trindade, caso seja de fato expulsa da sigla, Flávia terá sua candidatura frustrada, já que o prazo para mudanças partidárias terminou no último 2 de abril, seis meses antes do pleito deste ano.

Em nota, o PDT afirmou também que a “rebeldia” de Flávia pode resultar, ainda, na destituição do diretório goiano do partido, presidido por George Morais, marido da deputada federal.

Pelo Facebook, Flávia já havia adiantado a decisão do partido em expulsá-la. “Estou preparada para a ameaça do processo de expulsão. Não vai ser fácil, pois gosto e acredito na ideologia do meu partido”, afirmou. Na publicação, a deputada também reforçou sua justificativa, dizendo que votou pela maioria dos brasileiros.

“Reconheço que houve avanços importantes nos últimos anos. Mas chegou o momento da mudança, chegou a hora de ouvirmos o desejo da vontade da maioria dos brasileiros. Estou preparada para as consequências desta minha decisão”, afirmou. (Confira a íntegra da publicação abaixo)

Correram o risco

Alinhado à base governista, o PDT havia orientado seus parlamentares que votassem contra o impedimento de Dilma, mas, dos 19 deputados da legenda na Casa de leis, apenas 12 votaram de acordo com a orientação.

Os deputados Subtenente Gonzaga (MG), Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Hissa Abrahão (AM) e Giovani Cherini (RS) também enfrentarão o processo de expulsão.

Conforme a legenda, os parlamentares foram avisados previamente, por escrito, que corriam o risco de serem expulsos, caso não votassem contra o impeachment.

Os seis “infiéis” serão submetidos, agora, a um processo de expulsão que tramitará na comissão de ética do partido. Eles terão direito a se defender e até podem ser absolvidos, mas dirigentes do PDT garantem que a possibilidade é praticamente nula.

https://www.facebook.com/DepFlaviaMorais/posts/1081041125271356