Durante período em que era fugitivo da Justiça, pastor criou instituição para recuperar usuários de drogas e foi denunciado por maus-tratos a internos

Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios apresenta pastor evangélico Daniel Batista de Moraes que se encontrava foragido desde o ano de 2012 | Foto: Reprodução / Polícia Civil

Na manhã desta quarta-feira (8/3), a Polícia Civil (PC) de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), apresentou o pastor evangélico Daniel Batista de Moraes, condenado por homicídio e foragido desde 2012.

Segundo informações da polícia, Daniel foi condenado por Damião Batista de Carvalho, após uma discussão entre os dois, na noite de Natal de 2006. A vítima foi morta com golpes de pedra e pedaços de madeira.

O pastor, mesmo tendo um mandado de prisão em aberto, chegou a criar uma instituição para recuperar usuários de drogas no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia.

O diretor desta instituição denunciou que Daniel praticava maus-tratos e intimidações — inclusive com armas de fogo — aos internos e a polícia acabou chegando ao condenado. Os internos eram forçados a vender doces nos veículos do transporte coletivo da região metropolitana como forma de obter lucros e, segundo o diretor, caso não atingissem a meta eram ameaçados.

De acordo com o delegado adjunto da DIH, Hellyton Carvalho, no fim de janeiro, Daniel ameaçou o funcionário por desconfiar da denúncia. Depois, o acusado teria se mudado para Hidrolândia e se preparava para abrir uma filial da clínica em Uberlândia (MG).

O delegado disse ainda que o suspeito negou as agressões aos internos, e afirmou que apenas cobrava de forma mais incisiva, pois o trabalho fazia parte da recuperação dos internos contra a dependência química. Hellyton Carvalho informou que o pastor permanecerá preso pela condenação de homicídio. Já as acusações de maus tratos e ameaças serão investigadas pela 2ª Delegacia Regional de Aparecida de Goiânia.