Pavimentação de bairro em Aparecida pode ser afetada se não houver repasse do Goiás na Frente
28 janeiro 2019 às 12h59
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Secretário de Projetos e Captação de Recursos diz que o governo precisa cumprir o compromisso firmado em 2018
Aparecida de Goiânia é um dos municípios que ainda aguarda o repasse total do convênio do Goiás na Frente para terminar obras previstas quando houve a parceria com o Governo do Estado. Caso isso não ocorra, a pavimentação do bairro Conde do Arcos pode ser afetada, além de acarretar em largos prejuízos à construção da nova câmara municipal.
De acordo com o secretário de Projetos e Captação de Recursos, Einstein Paniago, a previsão para o asfaltamento do setor era de R$ 10 milhões. No entanto, o governo só entregou R$ 1 milhão, ou seja, 10% do acordado. A prefeitura, então, irá utilizar desse valor para fazer o primeiro trecho da obra.
Segundo Paniago, a licitação ainda não havia sido feita, justamente porque o município aguardava o repasse de pelo menos 50% do total para iniciar os trabalhos com algum recurso. Como isso não foi feito, a estratégia encontrada foi fazer o processo licitatório total, mas dar ordem de serviço de apenas aquilo que dá para ser pago com o valor já repassado.
“Estamos na expectativa que o Estado repasse o restante dos recursos e, para isso, temos uma reunião pré-agendada com o secretário de Governo, Ernesto Roller (MDB), para garantir isso, nem que seja preciso refazer o cronograma de repasses”, afirma.
Ainda conforme Paniago, o problema é que, caso isso não ocorra, o setor será profundamente afetado. “A população lá precisa muito, não é só uma questão de infraestrutura, chega a ser questão de saúde pública, por isso seria importante o Governo honrar com esse compromisso”, considera.
Com esse primeiro repasse será possível fazer uma drenagem, processo que antecede a pavimentação, em um trecho a ser escolhido. “Então conseguiremos fazer muito pouco com esse valor inicial”, explica o secretário.
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O convênio ainda previa a construção da nova sede da câmara municipal de Aparecida. Diferente do Executivo, o Legislativo do município já fez a licitação e iniciou as obras, que vão custar R$ 14 milhões, mas ainda não recebeu nenhum repasse. “O prejuízo lá será maior se não receberem o que foi acordado”, pontua.
O sentimento das prefeituras diante da falta de repasses do convênio que muito prometia e de sua interrupção pelo governo atual é de limbo. O prefeito de Jataí, Vinicius Luz (PSDB), disse ao Jornal Opção que ainda não sabe o que terá que sacrificar para pagar as dívidas geradas. Outros municípios enfrentam os mesmos desafios e Roller afirma que faz balanço da situação.