Para Caiado, reforma tributária engessa crescimento de Goiás
14 julho 2023 às 18h19
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Com informações de Cilas Gontijo*
A reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana pode engessar o crescimento de Goiás e retirar a capacidade de investimento e financiamento de setores responsáveis pela alta da economia goiana. “Veja bem, Goiás está crescendo 6% sem o IVA. É um crescimento igual ao da China, agora eu vou querer engessar o crescimento de Goiás pelo do ano passado? Estou crescendo três vezes mais”, declara.
O governador Ronaldo Caiado (UB) disse, nesta sexta-feira, 14, após um encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Goiânia, que a medida rompe com cláusulas pétreas da Constituição Federal e tira a autonomia dos governadores.
“Todos nós estamos extremamente preocupados com o que está aí pela frente. Goiás amanhã perde uma capacidade que vem apresentando com as mudanças que estão sendo apresentadas, como a desfiguração total dos entes federados, além do mais teremos uma tributação que penalizará todo o setor produtivo, os servidores, prestadores de serviço, médias e pequenas empresas”, garante.
Uma das principais reclamações do governador com o texto da reforma é com a penalização dos produtores rurais. “A intensão é gerar uma grande expectativas de grandes empresas que hoje não tem competitividade internacional. Querem criar um sistema que seja de crescimento deles, penalizando os outros segmentos que já apresentaram capacidade de produtividade”, explica.
Reforma beneficia exportadores
“O setor rural que é competitivo por competência do setor rural, destaca Caiado ao criticar as regalias que o texto garante para as exportadoras, grandes indústrias e setor financeiro. Ele aponta, por exemplo, o prejuízo do Estado na tentativa de captar novas empresas. Caso o texto atual seja aprovado e sancionado, o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) pode ser extinto, junto ao Fundo da Cultura.
“Amanhã ficaremos sem o FCO, fundo da Cultura, fundo de Combate à Pobreza, porque você tem crédito outorgado, porque tem o incentivo para as empresas. Porque a empresa vai doar mais se não tem incentivo do Estado?”, questiona.
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