“Os ratos saem do navio, mas o navio continua”, alfineta Paulo Garcia
30 março 2016 às 13h04
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Prefeito afirmou que considera como oficial a saída do PMDB da base em Goiânia e comentou ainda sobre o fim da aliança do partido com o governo federal
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O prefeito Paulo Garcia (PT) comentou na manhã desta quarta-feira (30/3) a ruptura da aliança entre PT e PMDB e fez uma avaliação da crise política nacional. “Em qualquer situação de turbulência é normal que os ratos desçam do navio, mas o navio não foi feito pelos ratos e ele continua”, disse o prefeito em discurso na sede do Paço Municipal.
Em entrevista, Paulo Garcia afirmou que já considera como oficial o rompimento do PMDB com o Paço. “Aqui em Goiânia esse afastamento já foi anunciado e já considero como fato consolidado. Mas não significa necessariamente o desligamento de todas as pessoas que militavam junto ao PMDB”.
Na semana passada, o presidente do diretório metropolitano, deputado Bruno Peixoto, declarou em entrevista ao Jornal Opção que o PMDB não é mais aliado do governo do PT em Goiânia. O vereador Mizair Lemes Jr. filiou-se esta semana ao Partido da República (PR) para continuar na base do prefeito. Especula-se que Paulo Borges e Eudes Vigor também devem deixar o PMDB.
Paulo Garcia comentou ainda que vê o rompimento na esfera nacional como algo natural. “Não é novidade para ninguém, algo que já estava anunciado”, e acrescentou: “Acho que é muito difícil para um partido se afastar de uma aliança depois de ter participado dela por 13 anos sem nunca ter feitos críticas mais contumazes”.
Na última terça-feira (29/3), o partido anunciou oficialmente o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada por unanimidade pela executiva peemedebista em reunião na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Sobre o acirramento da crise política no Palácio do Planalto, mais uma vez o petista saiu em defesa da democracia. “Não somos contrários à investigações de ninguém. Mas acima de tudo está o nosso compromisso com a democracia. Vivemos um momento complexo e de muita dificuldade, mas o Brasil é mais forte que tudo isso”, afirmou.