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Site da revista Exame revela detalhes da alteração no prazo para operadoras quitarem pagamentos que pode prejudicar pelo menos 1 milhão de clientes

Serviço de cartão de crédito
Novas medidas inviabilizariam funcionamento de empresas menores que emitem cartões de crédito, como o Nubank |  Foto: Jornal Opção

O site da revista Exame registra, nesta segunda-feira (19/12), que o Nubank, um dos emissores de cartão de crédito que mais cresce no país, pode acabar. Isso porque o Banco Central deve anunciar, nesta terça (20), uma mudança drástica no prazo para pagamento de lojistas pelas operadoras.

Atualmente, são 30 dias para efetivar a transferência dos valores pagos por clientes via cartão de crédito. Contudo, a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) já demonstrou interesse em reduzir para apenas dois dias — como acontece nos Estados Unidos, por exemplo.

À reportagem, a cofundadora da empresa, Cristina Junqueira, garante que tal medida representa o fim do negócio, pois acarretará em custo adicional a todos os emissores de cartão, desde os pequenos (como o Nubank) até aos grandes bancos. Só que, ao contrário do Itaú e do Santander, eles não têm a mesma capacidade de financiamento.

Se o prazo for encurtado para dois dias, o Nubank terá de pagar o adquirente antes mesmo de receber o pagamento da fatura pelo cliente. Para isso, será preciso pegar recursos no mercado, explicou ela.

Exame assinala, ainda, que a Nubank já emitiu mais de 1 milhão de cartões desde 2014 e sua receita vem, justamente, do total de percentual descontado do valor repassado ao lojista, de aproximadamente 5%. Cerca de 1,5% fica para o Nubank e o restante para a empresa que fornece as “maquinhas” (como Cielo) e para a bandeira (Mastercard, Visa e American Express).