Nove estados do Nordeste e um do Norte estão na lista dos mais pobres do Brasil em 2024
30 setembro 2024 às 15h10
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A lista dos dez estados mais pobres do Brasil de 2024 contém os nove estados da Região Nordeste e um localizado na Região Norte. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita é uma métrica crucial para avaliar a saúde econômica de uma região. Ele é calculado dividindo-se o PIB total pelo número de habitantes, refletindo a média de riqueza gerada por pessoa.
Essa métrica é fundamental para analisar as desigualdades econômicas entre os estados do Brasil. Além de revelar a distribuição de renda, ela destaca as condições de vida da população local e os desafios particulares de cada região. Compreender o PIB per capita é crucial para identificar quais áreas precisam de maior investimento e de políticas públicas direcionadas.
No Brasil, notavelmente nas regiões Norte e Nordeste, diversos estados apresentam um baixo PIB per capita, apontando para desafios econômicos e sociais persistentes.
Estados com um PIB per capita reduzido frequentemente enfrentam dificuldades em oferecer serviços públicos de qualidade, manter uma infraestrutura adequada e criar oportunidades de emprego, o que compromete o desenvolvimento sustentável. Outro fator complicador é a baixa atratividade para investidores, perpetuando um ciclo de subdesenvolvimento.
A seguir, estão listados os estados brasileiros com os menores PIBs per capita, evidenciando suas desafiadoras condições econômicas:
- Maranhão – PIB per capita: R$ 17.471,85
- Paraíba – PIB per capita: R$ 19.081,81
- Piauí – PIB per capita: R$ 19.465,69
- Ceará – PIB per capita: R$ 21.090,10
- Sergipe – PIB per capita: R$ 22.177,45
- Rio Grande do Norte – PIB per capita: R$ 22.516,97
- Alagoas – PIB per capita: R$ 22.662,01
- Pernambuco – PIB per capita: R$ 22.823,59
- Amapá – PIB per capita: R$ 22.902,86
- Bahia – PIB per capita: R$ 23.530,94
Infraestrutura precária
A precariedade da infraestrutura nos estados brasileiros com os menores PIBs per capita é um dos principais entraves ao desenvolvimento econômico e à melhoria da qualidade de vida da população.
Estradas em condições ruins, ausência de saneamento básico e fornecimento instável de energia dificultam o progresso econômico e afastam potenciais investidores. Como resultado, a geração de empregos de qualidade é comprometida, agravando ainda mais a já frágil situação econômica dessas regiões.
Ausência de grandes indústrias
Muitas dessas economias estão fundamentadas em setores com baixo valor agregado, como a agricultura de subsistência e pequenos empreendimentos. Essa dependência limita o crescimento econômico expressivo, uma vez que esses setores geram menos riqueza em comparação com indústrias mais desenvolvidas.
A ausência de grandes centros industriais diminui as oportunidades de emprego e a diversificação econômica. Sem a presença de indústrias maiores, os estados ficam dependentes de poucas atividades econômicas, que frequentemente não são suficientes para sustentar um crescimento sólido.
Políticas públicas
Para impulsionar o crescimento do PIB per capita, é essencial adotar políticas públicas que priorizem a diversificação da economia, a promoção de uma educação de qualidade e o desenvolvimento de infraestrutura adequada.
Informações recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021 destacam a urgência dessas ações. Com planos bem estruturados e investimentos focados, é viável diminuir as desigualdades regionais e oferecer uma qualidade de vida superior a todos os brasileiros.
Com um planejamento claro e investimentos focados, é viável diminuir as desigualdades entre as regiões e oferecer uma qualidade de vida superior para todos os brasileiros. Entender e aplicar esses dados é essencial para tomar decisões que favoreçam o desenvolvimento sustentável em todo o país.
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