Neyde Aparecida: “Não falta merenda escolar. Faltam alguns alimentos”
01 setembro 2015 às 21h27
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Secretária culpou fornecedores por falta de determinados produtos em unidades de ensino de Goiânia
A secretária de Educação de Goiânia, Neyde Aparecida (PT), reconheceu que há, sim, falta de determinados alimentos na merenda escolar da capital. No entanto, ela rebateu denúncias de vereadores de que alunos estariam ficando sem comer.
“Estamos neste período com falta de alguns produtos. Não falta merenda escolar. Estamos notificando e solicitando para que os fornecedores normalizem a entrega”, explicou a petista, durante a audiência pública na Câmara Municipal.
Segundo ela, a prefeitura decidiu adotar medidas de emergência para resolver a situação. Nesta semana, haverá uma reunião com os diretores das escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), quando será anunciado um repasse em dinheiro para amenizar a situação.
“O repasse será feito neste mês. Definiremos um plano de trabalho, disponibilizaremos a verba e depois as unidades prestam contas”, adiantou.
Questionada pela imprensa do porquê da falta de alimentos, Neyde Aparecida sustentou que são os fornecedores que não estão entregando. “São inúmeros contratos. Às vezes atrasam… O próprio prazo do fornecedor de entregar os alimentos é um dificultador. Convenhamos que entregar alimentos para 377 instituições espalhadas pela cidade toda não é uma tarefa fácil”, defendeu.
Além disso, a secretária relata que “até que se descobre” que determinado produto não está sendo entregue nas escolas, “tem um prazo”.
Tudo legal
No que diz respeito às denúncias de supostos desvios e de corrupção na Secretaria Municipal de Educação, Neyde Aparecida afirmou que, segundo a auditoria da Corregedoria Geral do Município, “não foram detectados desvios”.
O que estaria por trás da demora e pouca clareza nos documentos que foram apresentados até agora — referentes apenas à compra de carne bovina — é na verdade “uma falta de controle” na aquisição e distribuição.
“Por conta disso, baixamos uma portaria mudando todos os procedimentos com relação à compra, entrega e pagamento dos alimentos”, assegurou.
Mesmo após o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (PSDB), determinar prazo de 48 horas para a apresentação do relatório completo, Neyde Aparecida relatou, durante a coletiva, que é a auditoria “quem vai dizer qual o tempo necessário”.
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