“Não serei candidato e encerro neste momento minha carreira política”, diz Iris
25 agosto 2020 às 12h47
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Prefeito afirma que decidiu fazer o anúncio com antecedência para que aqueles que pretendam concorrer pela sucessão, que apresentem seus nomes para a disputa. Iris garantiu ainda que, diferente de 2014, as decisões foram amplamente amadurecidas e são definitivas e irredutíveis
Durante o pronunciamento realizado na manhã desta terça-feira, 25, o prefeito Iris Rezende (MDB) anunciou que não disputará reeleição e que se aposenta da carreira política. A informação já havia sido antecipada pelo Opção após reunião em que o prefeito comunicou a um grupo de vereadores sua decisão.
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“Não serei candidato a reeleição no pleito que se aproxima, encerro neste momento a minha carreira política construída ao longo de mais de seis décadas. Fiz esse anúncio com antecedência para que aqueles que pretendam se candidatar a minha sucessão, se colocar na disputa e que coloquem seus nomes para a população escolher”, afirmou.
“No dia 1 de janeiro de 2021 entregarei o cargo de prefeito ao legítimo vencedor da disputa democrática deste ano. As decisões foram amplamente amadurecidas são irredutíveis e definitivas. De hoje até o encerramento das minhas responsabilidades públicas em 1 de janeiro de 2021, permanecerei focado sempre a trabalhar em dobro para cumprir todos os compromissos firmados com a população”, completou.
Durante o pronunciamento, Iris ainda ressaltou que a situação atual é diferente de 2014, quando também anunciou sua aposentadoria, mas voltou atrás dois anos depois.
“Devo ainda ponderar, em 2014, depois do anúncio de encerramento da minha carreira política, tive que reconsiderar a decisão dois anos depois em face de circunstancia muito especial. Goiânia encontrava-se a beira do precipício, com consequência para a vidas dos moradores e trabalhadores da nossa cidade”, pontuou.
Iris disse que, na época, o que o fez voltar atrás na decisão foi o “sentimento de culpa”. Eu carregava um sentimento de culpa por ter renunciado em 2010, com apenas 1 ano e 2 meses do terceiro mandato com o propósito de disputar o governo do estado. Para me redimir e consertar uma situação que eu próprio havia criado, me coloquei candidato em 2016. Quando assumi encontramos uma situação ainda mais assustadora. Herdamos mais de R$ 1 bilhão de reais em dívidas, o deficit mensal era de R$ 31 milhões de reais. Nos esforçamos todos os dias para levar adianta o proposito de restaurar o orgulho e a dignidade de nossa amada capital e o resultado está aí”, declarou.
Por fim, o prefeito ressaltou todas as medidas adotadas na capital, que mesmo em meio a pandemia, conseguiu manter a folha de pagamento em dia e as obras em fase de conclusão. “Goiânia segue como um dos municípios menos endividados do país, a despeito de todas as dificuldades impostas pela pandemia. Todas as construções em andamento já contam com recursos em caixa. Creio ter reparado meu erro”.
“Encerro minha carreira sem nenhuma mácula, pautado sempre pela parcimônia, zelo e absoluta legalidade dos ato praticados”, finalizou.
Quem é o candidato?
Presente no evento, o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, não quis comentar a escolha do partido para a disputa eleitoral. Procurado pela reportagem, Daniel se limitou a dizer que “este não é o momento para se falar de novos nomes.
A principal aposta é que o candidato seja o pai de Daniel, Maguito Vilela que também estava presente no evento e, assim como o filho, não quis se pronunciar.