“Não é só Goiás que quer independência”, diz Cristiano Cunha, presidente do PV
30 maio 2022 às 08h53

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Decisões da direção nacional do Partido Verde e do Partido dos Trabalhadores são condicionantes para que a federação escolha efetivamente um pré-candidato. Até lá, as siglas seguem divididas

A homologação da Federação Brasil da Esperança, formada pelos partidos dos Trabalhadores (PT), Comunista do Brasil (PCdoB) e Verde (PV), deve jogar luz às cisões regionais, impactadas por decisões em âmbito nacional de união partidária por um período mínimo de quatro anos. Em Goiás, o cenário de indecisão quanto ao nome para a cabeça de chapa das legendas que federaram impulsiona movimentos do PV em busca de independência. A sigla, cujo diretório goiano está a cargo de Cristino Cunha, defende composição com o governador Ronaldo Caiado (UB), pré-candidato a reeleição em chapa que tem Daniel Vilela (MDB) na vice, e faz parte do grupo que pressiona a executiva nacional por autonomia.
“Não é só Goiás que quer independência, tem outros Estados. Em Goiás a gente ainda tem conversas dentro da federação. Agora, tem Estado em que o PV está sendo totalmente cortado de qualquer conversa, de qualquer composição, com os partidos da federação. Aqui a gente tem conversas, mas não alinhamos a questão do candidato ao governo.”, diz Cristiano, que trabalha para se manter na federação, mas como liberação para apoiar outro nome na disputa pelo Palácio das Esmeraldas. O presidente do PV goiano aguarda deliberação do conselho nacional, ainda não agendada, sobre as divergências regionais. As ponderações foram prometidas para período posterior à homologação da federação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que ocorreu no último dia 24.
“O PV ainda tenta, junto a executiva nacional, manter o apoio, os compromissos com Ronaldo Caiado. É uma questão do partido em Goiás, mas também ocorrerão deliberações em relação a outros Estados. A executiva vai decidir se onde está tendo divergência nós poderemos, através de resolução, apoiar quem a gente quiser, ficar independente, ou se realmente teremos que seguir a federação”, acrescenta. A decisão da direção nacional do Partido Verde e a reunião do Partido dos Trabalhadores, prevista para ocorrer no próximo dia 11, são condicionantes para que a federação escolha efetivamente um pré-candidato. Até lá, as siglas seguem divididas.