Na tentativa de reduzir gastos, governo comprará passagens aéreas direto com companhias
16 setembro 2020 às 07h55
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Com novo modelo de aquisição, papel das agências de viagens deixaria de existir a partir de 2021
Para reduzir gastos, o governo lança edital nesta quarta-feira, 16, para selecionar companhias aéreas que queiram vender passagens diretamente para Administração Pública federal, com desconto de pelo menos 15%.
Hoje, há funcionários de agências de viagens com espaço dentro dos órgãos públicos para fazer a emissão de passagens.
Com o novo modelo de compra, a aquisição seria feita pelo próprio servidor ou agente público por meio de uma plataforma virtual do governo. Dessa forma, o papel das agências de viagens na mediação da aquisição de bilhetes para trechos nacionais deixaria de existir a partir de 2021.
O sistema de aquisição de passagens chegou a ser implementado pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2015, através de uma medida provisória, que não foi aprovada pelo Congresso. O ex-presidente Michel Temer também tentou em 2018 e o próprio Bolsonaro, no ano passado. Desta vez, as equipes técnicas trabalharam com uma forma que não necessitará da apreciação do Legislativo.
Conforme informações do Ministério da Economia, apenas neste ano, o custo com passagens no governo federal já chegou a R$ 73,5 milhões, incluindo os custos com a prestação de serviço de agências. Foram emitidos 84 mil bilhetes em nome de servidores e agentes públicos.