O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado em seu lugar

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente | Foto: reprodução

Alvo de duas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles pediu demissão ao presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quarta-feira, 23. Sua exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

O atual Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite, foi nomeado em seu lugar. Salles estava sob pressão e alegou motivos familiares para deixar a pasta, apesar do respaldo do Palácio do Planalto.

“Experimentei ao longo destes dois anos e meio muitas contestações, tentativas de dar a essas medidas caráter de desrespeito à legislação, o que não é verdade”, declarou em pronunciamento no Palácio do Planalto, após pedido de demissão. O ex-ministro defendeu ainda uma transição “serena”. “Para que se faça da maneira mais serena possível, apresentei meu pedido de exoneração”.

Investigações

Ricardo Salles teve sua gestão no Ministério do Meio Ambiente, marcada por polêmicas. Uma delas foi a reunião ministerial de 22 de abril do ano passado, onde sugeriu a Bolsonaro que o governo aproveitasse a pandemia da Covid-19 para “ir passando a boiada”, no que diz respeito as regras ambientais.

Além disso, é alvo de inquérito, autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), por supostamente ter atrapalhado investigações sobre apreensão de madeira.

A suspeita foi apresentada pela Polícia Federal, e o então,  ministro só entregou o celular às autoridades dezenove dias depois da operação. A justificativa da defesa de Salles é  que o aparelho não teria sido requisitado no dia, o que foi desmentido pela PF.