A Polícia Civil do Rio de Janeiro acredita que a quadrilha que fraudava máquinas de bichinhos de pelúcia pode ter relação com a milícia ou com o jogo do bicho. A polícia cumpriu mandados contra empresas suspeitas de envolvimento no esquema e três funcionários foram encaminhados à delegacia para prestarem esclarecimentos.

O delegado Pedro Brasil, responsável pela 2ª fase da Operação Mãos Leves, afirma que o material encontrado dá indícios de envolvimento da milícia ou do jogo do bicho. Policiais encontraram, em um galpão, máquinas destinadas a shoppings de cinco bairros do Rio.

No local, que funciona como sede da Black Entertainment, os policiais encontraram dezenas de máquinas e centenas de brinquedos identificados como prateados.

A fraude, segundo a polícia, consistia em instalar em cada equipamento um contador de jogadas que interferia na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar.

Esse grampo só liberaria a potência necessária para a garra após um determinado número de créditos. Com isso, a maioria dos usuários costumam a perder dinheiro já que a maquina não tem força para capturar uma pelúcia.

O delegado informou que todos os aparelhos encontrados na Black estavam com o contador de jogadas.

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