Uma pesquisa realizada pela Quaest simulou cenários eleitorais para 2026, caso Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não possam ser candidatos. Os dados revelam tendências entre os potenciais nomes dos dois principais espectros políticos do Brasil.

A Quaest falou com 9.598 brasileiros entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de um ponto percentual. O nível de confiança é de 95%.

Candidata da direita

No cenário em que Bolsonaro não possa concorrer, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro lidera como o nome mais forte da direita para enfrentar Lula. Entre as sete possibilidades que figuram na lista, ela aparece com 21% das intenções. Em segundo lugar, aparece o ex-coach goiano Pablo Marçal (destaque na disputa pela Prefeitura de São Paulo), com 18%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, alcança 17%. Outros nomes que surgem são: o da ministra Simone Tebet, com 10%, os dos governadores Ratinho Júnior (Paraná), com 7%, Romeu Zema (Minas Gerais), com 4%, e Ronaldo Caiado (Goiás), com 3%.

Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

O percentual de eleitores que não souberam ou não responderam alcançou 21%.

Candidato da esquerda

No campo governista, caso Lula não seja candidato, o atual ministro da Fazenda Fernando Haddad surge como a principal escolha dos eleitores, com 27% das preferências. Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, ocupa a segunda posição com 17%, seguido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com 14%. Nomes como o do prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD), do ministro da Casa Civil Rui Costa e da presidente do PT Gleisi Hoffmann aparecem com menor destaque, respectivamente com 4%, 2% e 2%. 

Foto: Marcelo Camargo (Agência Brasil).

O índice de indecisos ou que não responderam é ainda mais elevado, chegando a 33%.

Cenário indefinido

Os dados refletem a ausência de consenso claro em ambos os espectros políticos, com uma alta taxa de indecisos. Isso sugere que as próximas articulações políticas e o desempenho dos possíveis candidatos em suas atuais funções serão cruciais para consolidar apoios.

A pesquisa ressalta o peso de figuras já consolidadas no imaginário político nacional e evidencia que tanto a direita quanto a esquerda enfrentam desafios para construir candidaturas fortes em um cenário pós-Bolsonaro e pós-Lula.