Marconi minimiza especulações sobre tensão na base aliada
14 março 2017 às 17h34
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Lembrando que espaço na chapa majoritária em 2018 é reduzido, governador afirmou ver com naturalidade a movimentação destes partidos por espaço
Em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta terça-feira (14/3), o governador Marconi Perillo (PSDB) minimizou as especulações em torno da movimentação dos partidos da base que, para ele, é natural. A entrevista foi concedida na abertura do 3º Meeting da Instituições de Assistência aos Servidores Públicos, em Goiânia.
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“Estamos a um ano e meio da eleição, as coisas começam a esquentar a partir de agora. Têm partidos que se dizem da base mas não eram da base em 2014. Outros são da base e é natural que eles queiram os espaços”, afirmou o governador. Segundo ele, a questão vai além de espaço no governo: A disputa é pela presença nas chapas majoritárias de 2018.
Lembrando que só há vagas para governador, vice, duas para senador e outras quatro para suplente, o governador disse que é normal que os partidos comecem a se movimentar para tentarem integrar o grupo. “Nós temos só na nossa base hoje uns dez pré-candidatos ao senado. Só tem duas vagas. Então, é natural que essa busca por acomodação ocorra e isso é democrático”, pontuou.
Apesar de ver esse processo com tranquilidade, no entanto, o governador garantiu que ficará distante do jogo. “Eu respeito as pessoas que estão representando os partidos na base. São da minha relação pessoal, meus amigos, alguns de décadas, mas isso é matemático, é dois mais dois. Eu vejo que há ansiedade de muitos que querem já definir como é que vai ficar o quadro. Esse é o problema. Se nós tivéssemos dez vagas, estava tudo resolvido”, disse ele.
Governador diz que problema prisional brasileiro só se resolve com participação do governo federal
O governador também comentou, na entrevista, a atual crise no sistema prisional brasileiro que, para ele, só será resolvida quando o Governo Federal participar efetivamente da gestão das penitenciárias. “Olha, eu fui ao ministro da Justiça, semana passada, e disse a ele o que todos têm dito: o sistema prisional brasileiro está falido, porque o governo federal não coloca recursos. E isso não é de agora, é de décadas”, declarou ele.
Na opinião de Marconi, enquanto o presidente Michel Temer (PMDB) não colocar os recursos do Fundo Penitenciário em presídios de segurança máxima, os estados não conseguirão agir sozinhos. “No ano passado, o Governo de Goiás gastou 13% de sua receita com Segurança Pública, o governo federal, nem um centavo. É inadmissível que a gente consiga resolver um problema tão sério se não houver participação decisiva do governo federal.”
Afirmando que vai chamar mais agentes penitenciários e concluir mais cinco presídios, o governador admitiu que apenas isso não vai resolver o problema. “Não é que a gente cultue a questão do sistema prisional, mas é porque existem mais presos do que vagas. Então, eu não estou falando isso para fugir das minhas responsabilidades. Às vezes as pessoas me perguntam: por que a obra está parada? Por que falta dinheiro”, lamentou.
Cancelamento de concurso público de delegado será decidido tecnicamente, diz governador
Sobre o polêmico concurso de delegado que foi suspenso por suspeita de fraude, Marconi disse que o assunto será avaliado tecnicamente e elogiou a atuação da polícia. “Foi a nossa polícia, nossos delegados, nossos agentes que conseguiram desbaratar essa quadrilha que estava tentando fraudar um concurso sério para delegado de polícia. Se ele foi contaminado por essa fraude, é claro que tem de ser anulado imediatamente.”