Atos semelhantes ocorreram nesta manhã também nos terminais da Bíblia e Praça A. No terminal Bandeiras, a RMTC contabilizou ao menos 15 veículos depredados. Até o início da tarde eram 27 veículos danificados durante os diversos protestos 

Ketllyn Fernandes
Colaborou Sarah Teófilo, atualizada às 17h06
Foto: Ketllyn Fernandes
Início da manifestação de usuários do transporte público, por volta das 8h40, na Av. T-9, em frente ao Terminal Bandeiras | Foto: Ketllyn Fernandes/Jornal Opção

Após protesto de motoristas de transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana no Terminal Bandeiras na manhã desta sexta-feira (16/5), usuários iniciaram uma manifestação contra o atraso e a má qualidade do serviço. A maioria das pessoas que participaram da manifestação eram jovens estudantes, que fecharam a Avenida T-9 e seguiram acompanhados pela Tropa de Choque da Polícia Militar. Várias viaturas também acompanharam o ato, marcado por palavras de ordem que pediam por mais ônibus e pela atuação da polícia para impedir o bloqueio do trânsito na região sudoeste da capital.

Este é o segundo dia de protestos, iniciados por motoristas contrários a acordo firmado na última terça-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte) com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (Setransp). Nesta sexta, atos semelhantes ocorrem também nos terminais da Bíblia e Praça A. De acordo com a Polícia Militar, 19 pessoas foram presas ao total.

Seis dos 19 terminais da Grande Goiânia registraram problemas nesta manhã numa espécie de efeito cascata iniciado pela manifestação do Terminal Bandeiras, que comprometeu várias linhas. Até o início da tarde a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) contabilizava 27 veículos danificados durante os diversos protestos.

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No protesto nas proximidades do Terminal Bandeiras, inicialmente um grupo de manifestantes avançou pela Av. T-9 e interrompeu o trânsito por alguns minutos. Durante o trajeto de retorno ao terminal usuários voltaram a sentar na via para interromper o tráfego, no que foram repreendidos pela Tropa de Choque. Houve certa truculência quando a polícia passou a usar bombas de efeito moral e spray de pimenta.

Mais cedo, algumas pessoas tentaram atear fogo em um ônibus e os veículos foram retirados do local para que não houvesse depredação. Entretanto, como o ato teve início antes das 8h, a RMTC contabilizava até 10h ao menos 15 veículos depredados, além de lixeiras e bancos quebrados dentro do terminal (confira registros na galeria abaixo).

Parte dos motoristas fechou terminais desde o início da manhã desta sexta-feira (16/5) exigindo uma assembleia com o Sindittransporte e o Setranso para negociarem o aumento salarial da categoria. O Sindittransporte informou que não irá ao local e que a negociação quanto ao reajuste salarial está encerrada.

No acordo desta semana, foi firmado o cálculo tarifário estabelecido pela Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), além do aumento em 16% do Ticket Alimentação (passando de R$ 365 para R$ 435). A categoria reivindicava um acréscimo salarial de 15% e para resolver o impasse, foi proposta a manutenção do reajuste de 7%, motivo de insatisfação de parte da categoria.