Lutador é preso suspeito de estupros em série em Anápolis

14 abril 2025 às 10h24

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Um lutador de jiu-jitsu e judô suspeito de cometer ao menos três estupros em série foi preso durante ação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) na manhã desta segunda-feira, 14, em Anápolis. Os crimes teriam sido praticados por Pedro Paulo de Jesus Costa, de 38 anos, em janeiro, fevereiro e abril.
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A polícia apurou que o suspeito utilizava técnicas da arte marcial para abordar e imobilizar as vítimas, as surpreendendo enquanto iam ou voltavam do trabalho. As investigações indicaram que ele sempre utilizava o mesmo modus operandi, tendo como local de ataques uma área nas proximidades de um matagal da BR-060 – fato que facilitou a identificação do judoca.
“Ele abordava as vítimas logo depois que elas desciam do ônibus, as imobilizava por trás usando golpes no pescoço e as levava para o mato. Ele deixava a moto em algum local e, então, andava a pé. Depois, ele fugia também a pé, trocava de roupa e pegava a moto”, explica a delegada Aline Lopes.
Para intimidar as vítimas, o lutador usava canivete e/ou facas como forma de ameaça, até, de fato, conseguir praticar o ato. Entre as vítimas estão uma adolescente, de 17 anos, e uma jovem, de 21. Todas as vítimas possuem características físicas parecidas, como estrutura corporal franzina, conforme a delegada.
O último ataque registrado ocorreu no dia 06 de abril, onde Pedro foi surpreendido pela jovem, de 21 anos, que conseguiu se desvencilhar e morder o dedo dele. O judoca, inclusive, ainda estava com o dedo ferido durante a prisão.
“Duas das vítimas conseguiram reagir e fugir. A terceira tentativa foi consumada. Ele só não continuou porque foi preso”, reforça Aline.
Crimes na Espanha
A PC descobriu ainda que Pedro cumpriu pena de 17 anos por estupro na Espanha, além de também ter sido detido em flagrante em 2023, pelo mesmo delito. A corporação, segundo a delegada, está em contato com a Interpol para reunir para informações a respeito do crime praticado no país estrangeiro.
Agora, o lutador deve ser encaminhado para uma unidade prisional, onde deve permanecer detido, em paralelo à continuidade das investigações, as quais devem identificar novas vítimas. A identidade do indivíduo foi divulgada, após despacho fundamentado da autoridade policial, a fim de permitir que outras vítimas possam reconhecê-lo.
“Acreditamos que tenha outras vítimas pelo modo de agir dele. Há uma subnotificação em relação a esse crime”, concluiu Aline.