Oposição admite que não tem força para controlar o colegiado, que deve ter poucas sessões

Após a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, com hegemonia da oposição, restou apenas uma certeza na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), que o restabelecimento do colegiado, anunciado na sessão desta terça-feira, 21, pelo  presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSD), será composta pela base governista e terá pouca duração.

“A CPI está sendo conduzida pelo Lissauer. Quando ela for instaurada, iremos abrir e em quatro dias entrego o relatório”, prevê o líder do governo Bruno Peixoto (UB). “Era uma CPI política que a oposição queria, então eles vão ter”, emendou. Segundo o deputado, já foram encaminhados os nomes dos indicados da base para compor a CPI.

Nesse cenário, a oposição já admite que o funcionamento da comissão está totalmente inviabilizado. Deputados Hélio de Sousa (PSDB) e Major Araújo (PL) argumentaram que o processo para a instauração da comissão respeitou o regimento interno da Alego. No primeiro encontro, Hélio foi indicado presidente, o que não irá ocorrer novamente. “Nem eu quero mais isso pra mim (a presidência da CPI”, disse o tucano.

Durante a sessão, Lissauer negou que haja travamento dos trabalhos para o reestabelecimento do grupo. “Quero pedir à assessoria da presidência que me traga, imediatamente, os nomes dos membros dessa CPI”, anunciou. “Eu vou dar o despacho agora, em 24 horas, e serão despachadas todas as ações. Nós não vamos aceitar que tenha esse tipo de travamento”, afirmou o presidente, destacando que haverá uma reunião com os deputados indicados para recompor a CPI da Saúde.