Documento encaminhado à Tereza Cristina, da Agricultura, apresenta medidas emergenciais com o objetivo de reduzir os efeitos provocados ao setor em razão da pandemia da Covid-19

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O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), encaminhou na última quarta-feira, 22, um ofício para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, solicitando ações de caráter emergencial a fim de evitar o colapso do setor sucroenergético durante o período de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19).

De acordo com o parlamentar, o requerimento visa minimizar os problemas desse segmento que, assim como outras áreas da economia, vem sentindo os efeitos da crise provocada pela pandemia. Entre eles, a queda de aproximadamente 60% na demanda do etanol, produto que atualmente representa 2% do PIB brasileiro e reúnem produtores de cana-de-açúcar, trabalhadores do setor químico e da alimentação, bem como cooperativas e agroindústrias responsáveis pela produção de açúcar, etanol e bioeletricidade.

“Além da queda causada pelas medidas de restrição tivemos outro fator de pressão sobre o etanol, o petróleo, que teve baixa no mercado internacional nas últimas semanas. Além dessas incertezas relacionadas à pandemia, também temos o impasse entre a Arábia Saudita e a Rússia com relação aos cortes na produção diária de petróleo, fato que derrubou os preços das commoditties que competem com o etanol, inviabilizando completamente o setor e causando prejuízos enormes aos produtores”, justificou Lissauer.

Entre as medidas solicitadas ao Ministério da Agricultura pelo presidente da Alego, estão a redução temporária da tributação do PIS/COFINS sobre o biocombustível com o objetivo de auxiliar as usinas de cana-de-açúcar em tempos de coronavírus, bem como o aumento na cobrança das Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre a gasolina por litro e a abertura de uma linha de crédito para permitir a estocagem e financiamento do etanol anidro e/ou hidratado.