Linha de crédito do Governo de Goiás tem mais de 5 mil inscritos, mas apresenta baixa procura por donos de bares e restaurantes
18 abril 2021 às 16h30
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Secretário da Retomada, César Moura diz que 80% das solicitações são de MEIs e informais. Caso haja necessidade Estado pode disponibilizar ampliação de aporte
Segundo balanço do secretário de Estado da Retomada, César Moura dos inscritos no Programa Estadual de Apoio ao Empreendedor (Peame), até o momento foram mais de 5 mil inscritos solicitando a documentação, sendo que 80% composto por Microempreendedores individuais (MEI) e trabalhadores informais.
“A demanda foi grande, verificamos o acerto da decisão do governador Ronaldo Caiado de fazer o pagamento desses juros, porque o governo está pagando o juro, por isso é zero, devido a movimentação. Foram mais de 5 mil inscritos solicitando a documentação, 80% sendo MEI e informal”, afirma em entrevista ao Jornal Opção.
“A procura foi muito grande, até esperávamos uma procura maior dos bares e restaurantes, mas até o momento a maior parte foi de MEI e informais. Mas é assertivo a procura e os pagamentos já começaram a ser feitos”, completa.
Suporte financeiro
O programa foi lançado pelo governador Ronaldo Caiado e faz parte do pacote de medidas de apoio às empresas e às famílias em situação de vulnerabilidade, nesta segunda onda da pandemia da Covid-19. O valor é oferecido conforme a atividade exercida pelo estabelecimento, a juros zero, carência de 6 meses e prazo de pagamento de 24 há 36 meses.
“O processo nasceu inicialmente focado no problema dos bares e restaurantes pela dificuldade que estão passando neste momento de pandemia, essa guerra contra o vírus. Fazer esse projeto com o Peame foi dar um suporte financeiro com carência sem juros para que evite demissão de funcionários no momento de fechamento dos estabelecimentos e de baixo movimento”, explica o secretário.
Ainda de acordo com César Moura é uma tentativa de resguardar os empregos. “Conversando com proprietários de bares e restaurantes, tem nos passado que alguns estão utilizando para pagar despesas como aluguel ou fornecedores que estavam em aberto, outros estão colocando folhas de pagamento em dias com este recurso. Cada empresário está usando de acordo com sua demanda para manter seu empreendimento aberto”, disse o titular da pasta.
Ampliação conforme a necessidade
César Moura destaca que as inscrições não se encerraram e se for necessário o governador pode colocar mais recursos a disposição. “Isso é um trabalho feito no ano passado, onde criamos o fundo de equalização. Quando o governador criou esse fundo gerou um instrumento para ele apoiar e ajudar a economia nesse momento, e se for necessário fazer novos aportes o governo vai se pronunciar. Foi uma medida assertiva criada lá atrás e que está nos ajudando agora”, pontua.
Para o secretário, é importante ressaltar o programa é uma geração de crédito e por mais que seja a juro zero é uma operação de crédito, isso explica uma certa burocracia na solicitação da verba. “Nós estamos tentando desburocratizar o máximo, mas tem regras relacionadas ao Banco Central que a GoiásFomento não pode passar por cima . Por isso, ás vezes gera uma expectativa de rapidez, mas por ser um empréstimo tem que ser cumprido alguns quesitos cadastrais existe esses detalhes. Porém, já começaram os pagamento e queremos apoiar o máximo de empregos possíveis”, conclui.