Levantamento aponta as cidades que mais leem livros no Brasil; saiba a posição de Goiânia

30 junho 2025 às 17h17

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A 6ª edição do estudo Retratos da Leitura no Brasil, conduzido entre abril e julho de 2024 pelo Instituto Pró-Livro, em parceria com a Fundação Itaú e o IPEC, mapeou os municípios com maior percentual de leitores no território nacional. O levantamento ouviu 5.504 pessoas em 208 cidades e considerou como leitor quem leu, total ou parcialmente, ao menos um livro (impresso ou digital) nos três meses anteriores à entrevista.
No topo do ranking está João Pessoa (PB), onde 64% dos entrevistados afirmaram ter lido recentemente. Na sequência, Curitiba (63%) e Manaus (62%) também se destacam, mostrando que o gosto pela leitura vai além dos grandes polos editoriais. Nas cidades, o engajamento de escolas, bibliotecas de bairro e iniciativas comunitárias tem sido decisivo para manter vivo o contato com os livros.
Cidades como Belém (61%), Teresina e São Luís (ambas com 59%) também apresentam bons índices leitura no Norte e Nordeste, impulsionadas por tradições culturais, feiras literárias e redes escolares atuantes. Aracaju (58%) e Salvador (57%) também figuram entre os maiores índices, com destaque para ações voltadas à literatura afro-brasileira e clubes de leitura.
No Sul, Florianópolis registra 56%, seguida por Porto Alegre (54%). São Paulo (60%) apresenta números robustos, reflexo de sua vasta rede de bibliotecas, livrarias e editoras, embora ainda enfrente desafios relacionados à desigualdade no acesso. Rio de Janeiro (53%) e Brasília (52%) aparecem com percentuais medianos.
Na outra ponta do levantamento, Goiânia amarga a pior colocação entre as capitais, com apenas 40% da população declarando ter lido algum livro recentemente. O dado revela um cenário preocupante e aponta para a necessidade de políticas públicas mais efetivas para a promoção da leitura na capital goiana.
Outras capitais com índices baixos incluem Campo Grande (49%), Cuiabá (48%), Belo Horizonte (48%) e Natal (47%). Cidades como Palmas (44%), Vitória (43%), Boa Vista (42%), Porto Velho, Macapá e Rio Branco (todas com 41%). As capitais enfrentam desafios estruturais, como a escassez de equipamentos culturais e a falta de políticas permanentes de incentivo à leitura.