Lava Jato faz buscas na casa de Joesley Batista, da JBS
01 julho 2016 às 13h46

COMPARTILHAR
Operação Sépsis, desdobramento da Lava Jato, investiga repasse de propina ao presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
A Operação Sépsis da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira (1º/7) cumpriu mandado de busca e apreensão em São Paulo, na residência de Joesley Batista, sócio do grupo que controla a JBS, dona da Friboi. A investigação apura pagamento de propina ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por empresas que receberam recursos do fundo FI-FGTS.
Também foram alvos de mandados de busca e apreensão imóveis do empresário Henrique Constantino, um dos donos da GOL, na Eldorado, empresa da holding J&F, controladora da JBS, que fica no mesmo prédio da sede da Friboi em São Paulo, e na casa do lobista Milton Lyra.
[relacionadas artigos=”69675″]
Ao todo foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, do lobista Lucio Bolonha Funaro, apontado pelo MPF como operador de Cunha, e 19 mandados de busca: 12 em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, três em Pernambuco e dois no Distrito Federal. As atividades dessa fase foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte.
A nova fase da Lava Jato tem origem a partir dos depoimentos de delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, e do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas, Nelson Mello.
Nem Joesley Batista nem Henrique Constantino comentaram ainda a operação desta sexta-feira (1º/7). Mais cedo, a JBS havia divulgado nota aos acionistas afirmando que nem a empresa e nem seus executivos eram alvos da fase da Lava Jato.
Mais tarde, a J&F Participações, holding que também é proprietária do frigorífico JBS, também divulgou nota em função da operação em outra empresa do grupo, a Eldorado. A J&F diz que não sabe as razões da ação policial de hoje. “A companhia desconhece as razões e o objetivo desta ação e prestou todas as informações solicitadas. A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade”, diz a nota da empresa. (Com informações Agência Brasil e Jornal Estado de S. Paulo)