Kim Kataguiri reage a monitoramento da Abin paralela e ataca Bolsonaro

13 julho 2024 às 18h42

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O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) reagiu nesta quinta-feira, 11, à revelação de que foi um dos alvos monitorados ilegalmente pela chamada “Abin paralela” durante o governo Jair Bolsonaro. O parlamentar afirmou que a informação, revelada após o ministro do STF Alexandre de Moraes derrubar o sigilo das investigações, é mais uma prova “do aparelhamento criado pelo governo Bolsonaro nas instituições”. Kim Kataguiri declarou que tomará as “medidas judiciais cabíveis” e prometeu que “essa perseguição contra mim e meus assessores não ficará impune.”
A ação clandestina contra Kim Kataguiri foi descoberta pela PF por meio de mensagens de um grupo de WhatsApp trocadas por envolvidos no esquema. Em uma delas, os acusados ordenam uma operação para “caçar podres” do deputado “igual” a uma ação que teria sido feita contra o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Em uma nova publicação na sexta-feira, 12, Kim Kataguiri se manifesta novamente sobre o caso. “Tentaram caçar podres sobre mim no governo Dilma, tentaram no governo Bolsonaro, sabe por que não encontraram nada? Porque eu honro o voto daqueles que depositaram em a confiança em meu trabalho”, escreveu o deputado federal.
Em 2021, Kataguiri chegou a protocolar na Câmara dos Deputados um projeto que buscava reformar a lei do sistema de inteligência, para impedir seu uso político. A ideia era inibir que governantes usassem a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins pessoais.
“Em relação ao PODER LEGISLATIVO, segundo a autoridade policial, foram identificadas ações clandestinas para ‘caçar podres’ do Deputado Federal KIM KATAGUIRI (inclusive contra os seus assessores), ocasião em que se descobriu que em momento anterior também foram realizadas ações contra o Deputado Federal ARTHUR LIRA, tudo conforme diálogos entre os investigados GIANCARLO GOMES RODRIGUES e MARCELO ARAÚJO BORMEVET”, cita o ministro Alexandre de Moraes na decisão em que autorizou operação da PF contra os acusados.