Jair Bolsonaro repete insulto e afirma que não estupra deputada porque ela “não merece”
09 dezembro 2014 às 19h21
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A ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário (PT-RS) foi atacada pelo deputado do PP-RJ após fazer críticas à ditadura
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) repetiu nesta terça-feira (09/12), na Câmara, o insulto que havia feito em 2003 à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Essa foi a reação de Bolsonaro a um discurso que a deputada fez contra a ditadura militar.
Na plenária, Maria do Rosário, que já foi Ministra dos Direitos Humanos, chamou a ditadura militar no Brasil (1964-1985) de vergonha absoluta e elogiou o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que entrega seu relatório final na quarta-feira, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Bolsonaro falou em seguida e, ao ver que a colega deixava o recinto, disse “Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir”.
Em seguida, ele continuou a discursar e fez mais ataques à deputada e à presidente Dilma Rousseff. Afirmou que a ex-ministra dos Direitos Humanos é “mentirosa, deslavada e covarde” e disse que ela deixou o plenário para não ouvir acusações contra o governo Dilma. Um governo, segundo ele, “canalha, comunista, covarde, ladrão, ditatorial e corrupto”.
Jair Bolsonaro já havia dito a Maria do Rosário que não a estuprava porque ela não merecia em 2003, em uma discussão no Salão Verde da Câmara. Em seguida, empurrou a deputada, lhe apontou o dedo na cara e a chamou de vagabunda.
Confira o vídeo de 2003: