Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano, na manhã desta terça-feira, 30 em resposta a ataques às Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel. O ataque à Golã matou 12 crianças e adolescentes.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), o ataque tinha como alvo um comandante do Hezbollah. O ataque ocorreu no subúrbio ao sul da capital libanesa, reduto do Hezbollah. Ainda não há informações de mortos ou feridos.

Uma forte explosão foi ouvida e uma forte nuvem de fumaça foi avistada saindo do local, de acordo com testemunhas ouvidas pela agência Reuters. Moradores de Beirute estão em estado de atenção há dias, na expectativa de uma possível retaliação ao ataque às Colinas de Golã.

Israel e os Estados Unidos culpam o Hezbollah pelo ataque à área ocupada. O Hezbollah, por sua vez, negou responsabilidade.

Reação

Em resposta, a DAWN, organização dos Estados Unidos que luta por democracia e direitos humanos no Oriente Médio e Norte da África, pediu para que o presidente dos EUA, Joe Biden, faça esforços para prevenir uma guerra regional.

“Nos dias após 7 de outubro, o presidente Biden deixou uma mensagem para o Hezbollah: ‘Não.’ Agora é hora de Biden enviar a mesma mensagem a Israel: não lance uma nova guerra no Líbano, não continue fugindo de um cessar-fogo permanente em Gaza, não presuma o apoio americano se iniciar uma guerra regional”, disse Sarah Leah Whitson, diretora executiva da DAWN.

“O governo dos EUA deveria fazer tudo o que pode para impedir a escalada do conflito e a única maneira de conseguir isso é exercer pressão suficiente sobre Israel para alcançar um cessar-fogo permanente em Gaza”, disse Whitson.

“A melhor maneira de garantir que uma guerra regional não irrompe é o Conselho de Segurança da ONU aprovar imediatamente uma diretiva vinculativa de cessar-fogo em Gaza”, disse Michael Schaeffer Omer-Man, diretor de investigação da DAWN para Israel-Palestina.

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