Gestão trocou o antigo software em dezembro do ano passado. A compra do novo programa custou cerca de R$ 4 milhões e foi feita com dispensa de licitação

Reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na Saúde

Em mais uma reunião da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura as irregularidades na Saúde e ouve, pela sétima vez, a secretária Fátima Mrué nesta sexta-feira (13), o vereador Jorge Kajuru (PRP) criticou as acusações que o atual prefeito Iris Rezende (MDB) têm feito contra o ex-prefeito Paulo Garcia.

[relacionadas artigos=”111985, 121660, 114456″]

De acordo com Kajuru, Iris tem jogado a responsabilidade da ineficiência do sistema de emissão de exames, o conhecido “chequinho”, nas costas do antigo chefe do Executivo.

“Iris está acusando Paulo Garcia pelo programa de chequinho dizendo que a gestão anterior que criou o sistema. Mas não foi. Foi o prório Iris que criou. Não sejamos injustos com Paulo Garcia”, afirmou.

Entenda o caso

A atual gestão trocou, em dezembro de 2017, o software de emissão de exames. A compra do novo programa, da empresa Vivver Sistemas, custou cerca de R$ 4 milhões e foi feita com dispensa de licitação.

O sistema foi implantado com a promessa de acabar com as filas pro “chequinho”, mas na prática não surtiu nenhum efeito.

Agora, a compra do novo sistema também é alvo de investigação da CEI que já ouviu secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Ricardo De Val Borges, e o técnico da pasta, César Augusto Marques de Souza.

Como convidado, o técnico da Sedetec informou ao colegiado que a troca do sistema foi desnecessária uma vez que havia equipe qualificada para aprimorar o programa que já existia.

Já o diretor do Cais de Campinas, Max Nascimento, que também foi ouvido na CEI como convidado, disse que o novo software é mais difícil de operar e que muitos médicos têm optado por não usá-lo, fazendo todo o procedimento de forma manual.

“Para o servidor, foi horrível a mudança. A gente só perde tempo, já que 80% dos pacientes que estavam cadastrados não aparecem mais com o software novo. Temos que cadastrar de novo quando vão ao Cais”, destacou Max.