Senador Aécio Neves: mesmo com a investida de Marina Silva, o tucano ganhou pontos em pesquisa Datafolha / Foto: Wenderson Araujo/ObritoNews
Senador Aécio Neves: mesmo com a investida de Marina Silva, o tucano ganhou pontos em pesquisa Datafolha / Foto: Wenderson Araujo/ObritoNews

Toda aquela carga do PSB-Rede foi desfechada entre o fim de semana anterior e a última quarta-feira, quando o Datafolha já estava nas ruas desde a véspera para apurar sua última pesquisa em torno da eleição presidencial.

O ataque não impediu que o tucano Aécio Neves subisse na cotação dos eleitores mais do que o socialista Eduardo Campos. Assim como o vigoroso e beligerante discurso da presidente Dilma Rousseff em cadeia de televisão e rádio pelo Dia do Trabalho, semana antes. não impediu que continuasse em declínio nas pesquisas.

Dilma desceu um degrau desde a pesquisa anterior do Datafolha em abril, caiu de 38% para 37%. Em fevereiro, tinha 44 pontos. Aécio confirmou a tendência a subir. Em abril, manteve os 16% que já tinha em fevereiro. Agora foi a 20%. Campos também está em ascensão, mas mais lenta. Em fevereiro, tinha 9%. Foi a 10% em abril. Hoje está com 11 pontos.

Conforme aquele jargão “se a eleição fosse hoje”, Dilma iria ao segundo turno contra Aécio. A soma dos outros dez candidatos chegaria a 38$ contra 37% pela reeleição da presidente. Entre os nanicos, o Pastor Everaldo (PSC) é o líder, com três pontos. A seguir, com 1%, estão Eduardo Jorge (PV), José Maria (PSTU) e Denise Abreu (PTN).

Os outros quatro candidatos entraram e saíram do Datafolha sem cotação. Receberam traço, abaixo de 1%: Eymael (PSDC), Levi Fidelix (PRTB), Mauro Iasi (PCB) e Randolfe Rodrigues (PSol). Os votos brancos ou nulos chegaram a 16%, enquanto outros 8% não sabem ainda em quem votar.

Num segundo turno, Dilma bateria Aécio, como Marina Silva previu: 47% a 36%. Mas, a vitória da reeleição da presidente seria mais folgada se o outro candidato fosse Campos: 49% a 32%. Certamente, o resultado seria melhor para o PSB-Rede se a ex-ministra do Meio Am­biente ocupasse o lugar do ex-governador de Pernambuco.

Três quartos dos eleitores, 74%, desejam que o próximo presidente mantenha as ações atuais do governo. Lula é a pessoa mais credenciada a manter o que aí está, se­gundo 38% dos eleitores. A se­guir, Aécio supera Dilma como apta à tarefa: 19 pontos contra 15. Cam­pos ficou com 10% dos votos.

E o governo Dilma? Continua em queda. É aprovado por 35% dos eleitores, com cotação ótima ou boa. Em fevereiro, eram 41%. Em abril, os eleitores caíram a 39%. Chegaram a 65% em março de 2013.

A cotação regular está em alta: 38% contra 37% em fevereiro e 36% em abril. O governo é ruim ou péssimo conforme 26% dos eleitores. Eram 21% em fevereiro e foram a 25% em abril.

Em matéria de rejeição a candidato, a presidente Dilma está em primeiro lu­gar, com a taxa de 35%. Em segundo, Campos com 33% – eis outra si­tuação que Marina Silva poderia me­lhorar. Em terceiro, Aécio tem 31%.

Lula venceria fácil o páreo, com a rejeição de apenas 17% dos eleitores. Três quartos dos eleitores do PT, 75%, pensam que ele deveria estar no lugar de Dilma. Fora do PT, são 58%.