Início da sessão na Câmara é marcado por tumulto
17 abril 2016 às 14h29

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Deputados tentam conseguir espaço atrás e aos lados da mesa diretora da Casa, enquanto no plenário adversários do sim e do não na votação do impeachment se empurram

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentou passar a palavra ao relator da admissibilidade do processo de impeachment na Casa, o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO), por volta das 14h05 deste domingo (17/4). Mas questionamentos sobre a presença de parlamentares atrás dos participantes da mesa e o uso de faixar e cartazes tumultuou o início da sessão.
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Entre a discussão sobre a permissão ou não para deputados ficarem em pé atrás do presidente da Câmara, parlamentares com cartazes “impeachment já” e outros com material escrito “não vai ter golpe” começaram um empurra-empurra no plenário que interrompeu a sessão.
Ao início da fala de Jovair, por volta das 14h15, Cunha determinou que só fique na tribuna durante o discurso o parlamentar que estiver discursando. Um dos deputados que estava atrás do petebista goiano era do deputado Delegado Waldir (PR), que usa uma faixa verde e amarelo no pescoço, em alusão às cores da bandeira brasileira, adotada pelos parlamentares favoráveis ao impeachment.
Até as 14h24, o discurso do relator Jovair Arantes já havia sido interrompido duas vezes pelo presidente da Câmara por tumulto, barulho e discussões no plenário. “Que se faça a luz do discurso de todos, mas tem que se ter o respeito. Respeito não só aos deputados, mas ao País que está assistindo a isso”, disse Cunha.
Em seguida, Cunha muda de ideia e só permite que fiquem na mesa da Casa os membros, não mais outros parlamentares, para tentar reduzir o tumulto atrás do presidente e nas tribunas. O presidente da Casa também mandou retirar do plenário faixas. Uma delas, no momento em que o peemedebista determinou a retirada dos cartazes e faixas, estava atrás da mesa diretora: “Fora Cunha”.