O senador da Flórida, Marco Rubio, escolhido por Donald Trump para assumir o cargo de Secretário de Estado dos EUA, revelou a possível abordagem da política externa do novo governo em sua sabatina no Senado.

Durante a sessão, Rubio criticou a China, chamando-a de “trapaceira” na conquista de sua posição como superpotência global, e enfatizou a necessidade de uma “diplomacia ousada” para solucionar a guerra na Ucrânia.

Rubio destacou a China como o principal adversário dos EUA, acusando o Partido Comunista Chinês de violar regras internacionais. Ele defendeu uma estratégia dissuasiva para evitar uma invasão chinesa em Taiwan, sugerindo que Pequim pagaria “um preço muito alto” caso atacasse a ilha.

A abordagem reflete o lema “América primeiro” de Trump, priorizando os interesses nacionais sobre uma ordem global liberal. Sobre o conflito Rússia-Ucrânia, Rubio argumentou que é irrealista esperar que Kiev recupere territórios perdidos, defendendo concessões tanto dos EUA quanto dos países envolvidos.

Ele classificou a guerra como “inaceitável”, mas ressaltou que ela precisa terminar, mesmo que exija negociações difíceis com Moscou. Rubio, filho de imigrantes cubanos, prometeu maior atenção à América Latina, incluindo ações contra regimes autoritários em Cuba, Venezuela e Nicarágua.

Ele também apoiou a designação de cartéis mexicanos como organizações terroristas, defendendo parcerias com o México para combater o narcotráfico e o tráfico humano. O senador afirmou que os EUA devem manter sua posição na OTAN, mas insistiu que outros membros aumentem os gastos com defesa.

Essa postura reforça o foco de Trump em redistribuir responsabilidades de segurança entre as nações aliadas. Caso confirmado, Rubio será o primeiro hispânico a liderar o Departamento de Estado.

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