Imprensa

O jornalista Bruno Rocha Lima vai ganhar 13 mil reais por mês para assessorar o deputado federal Daniel Vilela (PMDB). Ele ganhava bem menos como editor do “Pop”, no qual o salário médio é de pouco mais de 2 mil reais (o salário mais baixo do portal Metrópole, de Brasília, é 6 mil reais), e não estava “satisfeito” com os rumos do jornal.
O Brasil tem o sétimo maior PIB, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França e Inglaterra, e representa o 10º maior mercado editorial do mundo. Ao contrário de outros países, com público leitor já estabilizado, o número de leitores no Brasil está em franco crescimento — com ou sem crise. Por isso a gigante HarperCollins uniu-se à editora brasileira Ediouro na criação da HarperCollins Brasil. O diretor-executivo do grupo, Antonio Araújo, disse à repórter Maria Fernanda Rodrigues, do “Estadão”: “A visão sobre o Brasil vai muito além do curto prazo. Não pensamos somente sobre o ano atual ou o ano que vem. O país é o 10º maior mercado editorial do mundo e tem um mercado consumidor gigante. Mesmo em momentos de dificuldade econômica, é possível construir boas histórias”. Os gigantes editoriais, como a Penguin e a HarperCollins, estão chegando, o que prova, apesar da corrupção sistêmica dos governos petistas, que o mercado internacional acredita no Brasil. Talvez muito mais do que os capitalistas brasileiros.
A revista “Veja” prova que a resenha de qualidade ainda existe na imprensa patropi. O escritor Cristovão Tezza publicou uma análise competente do romance “O Gigante Enterrado” (Companhia das Letras, tradução de Sonia Moreira), de Kazuo Ishiguro, e o poeta e tradutor Nelson Ascher escreveu uma finíssima análise da poesia e do percurso intelectual de Ferreira Gullar. O arremate da crítica, aproximando a poesia de Ferreira Gullar à de Augusto de Campos, sugerindo que são muito próximos poeticamente, apesar de adversários figadais, é de um apuro raro na crítica de jornal e revista no Brasil. Num espaço curto, Tezza e Ascher escreveram críticas relevantes.

Vassili Grossman é o Liev Tolstói do século 20. Seu romance “Vida e Destino” é um retrato impagável da Segunda Guerra Mundial. Tolstói certamente o colocaria em sua cabeceira. A Alfaguara, editora do livro anterior, lança em novembro “A Estrada”, com tradução de Irineu Franco Perpetuo. São contos. Um campo de extermínio de judeus, na Polônia, é motivo de uma reportagem que acompanha o volume.
Não se sabe o motivo, e não é tradição do jornal, mas “O Popular” não está cobrindo a pré-campanha da OAB-Goiás com isenção. As colunas “Giro” e “Direito & Justiça” deixam a impressão de que estão fazendo campanha para o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique.

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Bruno Rocha Lima vai trabalhar um projeto de comunicação para fortalecer o nome do peemedebista, que pretende disputar o governo de Goiás em 2018
Antes apontada como estrela de “O Popular”, a repórter estaria escanteada na redação e estaria prestes a "voar"
Comenta-se que, na redação de “O Popular”, os únicos que não estão descontentes são os três “interventores”. A redação, que funcionava no piloto automático, agora começa a cumprir regras bem definidas, de acordo com os interesses do Grupo Jaime Câmara. Entre os principais insatisfeitos estaria a repórter Fabiana Pulcineli, antes apontada como a principal estrela da redação.
O GJC certamente não será pego de surpresa se Fabiana Pulcineli anunciar que vai trabalhar na assessoria do senador Ronaldo Caiado (DEM) ou na pré-campanha de Iris Rezende para prefeito de Goiânia.
Fabiana Pulcineli, repórter competente e séria, também foi convidada para dirigir a comunicação de um candidato a presidente da OAB de Goiás.
A jornalista não bateu o martelo, pois “adora” o jornalismo diário. Mas o quadro de crise — e até de terror — na redação do “Pop” não a agrada. Dorme-se “prestigiado” e acorda-se “demitido”.
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La Fontaine conta, numa de suas fábulas, que, ao se encontrar com Ionesco e Beckett, nas proximidades do Céu e do Inferno, Kafka teria perguntado: “É verdade que Akira Kurosawa é o maior cineasta vivo do Japão?” Ionesco, teatral, teria replicado: “Do Japão, não; do mundo”. Beckett, fazendo ar de homem complicado, teria reparado: “Vivo, não sei. Mas está entre os grandes. Como cineasta, é maior, muito maior, do que eu”. Aí, percebendo Max Brod num canto, ouvindo La Fontaine, Kafka, à sua maneira sombria, teria feito uma pergunta letal: “O cineasta japonês é grande, de fato. Mas está mesmo vivo? Ou está vivo, como nós três e Flaubert, Proust e Joyce, quer dizer, artisticamente?”. C. F. Xavier de Almeida Franco, primo de Monteiro Lobato, que passava por ali, supostamente fugindo de Uberaba, esclareceu: “Pois é, segundo o jornal ‘O Popular’, de Goiânia, o diretor de ‘Ran’, ‘Kagemusha’, ‘Derzu Uzala’ e os ‘Sete Samurais’ está vivíssimo e dará uma palestra na Universidade Federal de Goiás”.
Quando C. Xavier terminou de falar, a editora de “O Popular”, Cileide Alves, acordou e descobriu que estivera sonhando. Afinal, concluiu, Akira Kurosawa nasceu em 1910 e morreu, aos 88 anos, em 1998. O diretor japonês faleceu há quase 17 anos, mas os críticos de cinema do “Pop” não informaram à editora da coluna “Giro”, a competente Márcia Abreu. Leia nota do jornal publicada na edição de segunda-feira, 3: “Seminário — O Núcleo de Estudos Globais da UFG promove no dia 6 a jornada de estudo ‘Hiroshima 70 anos’. Presença do embaixador Sérgio Duarte (MRE/ONU) e do cineasta japonês Akira Kurosawa”.
Atenção, leitor amigo dos fatos: não se trata de sessão espírita, não. Márcia Abreu [foto acima, de seu Facebook] e “O Popular” erraram. Porém, como sugerem Iúri Rincón Godinho e Cezar Santos, convém marcar “presença”. Quem sabe, não mais do que de repente, o espírito de Akira Kurosawa aparece para alegrar alguns e assustar outros, talvez a maioria.
Apostando na possibilidade de o deputado federal peemedebista Daniel Vilela disputar (e ganhar) o governo de Goiás em 2018, o jornalista Bruno Rocha Lima [foto acima, de seu Facebook] pode deixar “O Popular para assessorá-lo.
Bruno Rocha Lima estaria colidindo com o grupo de jornalistas que está dirigindo a redação de “O Popular” (Cileide Alves teria se tornado uma espécie de rainha da Inglaterra).
Profissional ético e competente, se confirmada a contratação, Bruno Rocha Lima vai fortalecer a equipe de comunicação (quase uma redação) de Daniel Vilela, que já conta com os préstimos de Pedro Palazzo e Rodrigo Czepak.
Recentemente, Bruno Rocha Lima quase deixou o jornal para assumir a assessoria do secretário de Gestão e Planejamento do governo de Goiás, Thiago Peixoto.

Direção do jornal optou por extinguir o “Almanaque” e o “Magazine TV”, que se tornaram páginas de outro suplemento