Juíza se valeu de exames de material genético e depoimentos de vítimas para pronunciar sentença

Ernandes Andrade Ribeiro foi condenado nesta quarta-feira (25/6) a 20 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, por ter estuprado três mulheres em Anápolis. Segundo os autos, ele atacou as vítimas, que estavam desacompanhadas, nas proximidades de parques e lotes baldios nos bairros Bandeiras, Antônio Fernandes e Maracanãzinho, entre os dias 16 de setembro de 2009 e 8 de dezembro de 2010.

Os casos foram investigados pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, onde foram ouvidas outras diversas vítimas de estupros e realizados inúmeros exames periciais em material hemático, exame de DNA e exame de pesquisa de espermatozoides. Com os resultados em mãos. Os peritos da Polícia Técnico-Científica compararam os dados e concluíram que os crimes tinham o mesmo autos. Um retrato falado também foi elaborado, o que ajudou a localizar a prender Ernandes.

A defesa do acusado alegou que os exames não seriam confiáveis. No entanto, a juíza afirmou que a tese não merecia ser acolhida, já que havia um robusto conjunto probatório em seu desfavor.

De acordo com os laudos médicos, a chance do material genético ser de Ernandes é 7 quintilhões (7.000.000.000.000.000.000) vezes provável. Além disso, o depoimento das vítimas mostrou coincidências na forma de agir do acusado. “É cediço que nos crimes praticados na clandestinidade, as alegações apresentadas pelas vítimas possuem relevo acentuado, quando corroboradas com outros elementos probatórios, sendo o que se confirma nos autos”.