Governo de Goiás conclui 12 Escolas Padrão Século 21 paralisadas em outras gestões
21 junho 2022 às 14h35
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Ao todo, obras de 32 unidades foram retomadas; previsão é que mais 11 escolas sejam entregues ainda neste ano e nove em 2023
Relatório de maiores obras paralisadas pela antiga gestão do Governo de Goiás mostra que 32 delas eram de escolas do Padrão Século 21, que foram retomadas pelo governo de Ronaldo Caiado. Desse total, 12 foram entregues nos últimos 3 anos e meio, 11 estão programadas para serem concluídas e entregues ainda neste ano e nove no próximo ano. Para se ter ideia, 10 dessas instituições estão localizadas no Entorno do Distrito Federal.
“Elas estavam paradas há quase 18 anos. E o governador (Ronaldo Caiado) entregou já duas Escolas Padrão Século 21 nesses três anos e meio de mandato dele estamos na expectativa que serão entregues mais duas escolas até o próximo mês”, destacou o prefeito de Águas Lindas de Goiás, município do Entorno do Distrito Federal. Apenas lá estavam paralisadas cinco escolas e, agora, as outras três estão em processo de finalização das obras.
“Para a gente é importante, porque essas escolas estavam servindo de abrigos para bandidos. Elas estavam inacabadas e muitas foram saqueadas”, acrescentou. Além disso, de acordo com o gestor, a conclusão das obras foram fundamentais para atender a demanda de estudantes. “Nós temos uma rede muito grande de alunos. São cerca de 21 mil alunos na rede municipal e 21 mil alunos na rede estadual. Então para a rede estadual essas escolas são muito importantes”, frisa.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que são 29 escolas denominadas “Padrão Séc. XXI”, que possuem 12 salas de aula; duas “Padrão Laje Plana”, com oito salas de aulas”; e uma que está em reforma e ampliação. A pasta salienta que as 32 obras foram iniciadas pela antiga gestão. “Quando se iniciou a atual gestão (2019 – 2022), se encontravam paralisadas, quase todas por falta de pagamento às empresas, inclusive falindo alguns empresários”, afirmou ao jornal Opção, o Superintendente de Infraestrutura da Seduc, Gustavo Veiga Jardim. Ele acrescentou que das 15 atuais obras em andamento, sete serão, provavelmente, entregues até 31 de julho. São elas: Mansões Odisséia, Waldir José de Rezende, Benedito Lucimar Kesketh da Silva, Residencial Florença, Dom Abel, João Carneiro dos Santos, Joaquim Teodoro de Souza). Outras cinco devem ser retomadas as obras até setembro de 2022.
A estimativa do governo é que já tenham sido investidos mais de R$ 142,5 milhões para a retomada das obras dessas escolas. Além de Águas Lindas de Goiás, as escolas estão localizadas em Rio Verde, que possui quatro unidades, sendo três concluídas; e Goiânia, três (uma concluída, uma em andamento e outra em procedimento licitatório). Aparecida de Goiânia, Goianira, Santo Antônio do Descoberto e Novo Gamos, contam com duas escolas, cada município. Alexânia, Americano do Brasil, Aruanã, Barro Alto, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Jataí, Nova Glória, Padre Bernardo, Senador Canedo, Silvânia e Uruaçu, cada um possui uma unidade.
Entrevista com o Superintendente de Infraestrutura da Seduc, Gustavo Veiga Jardim. Confira:
Jornal Opção: A gestão do governo Caiado iniciou alguma dessas obras?
Gustavo Veiga Jardim: Informamos que são todas obras iniciadas pela antiga gestão e retomadas por esta gestão. Todas se encontravam paralisadas quando o governo Caiado assumiu em 2019. Dentre estas obras, há algumas paralisadas há décadas, como as herdadas da antiga Agetop (Nazir Safatle, Benedito Lucimar Kesketh da Silva, Centerville, Residencial Anchieta, Joaquim Teodoro de Souza). Durante este mandato, o governador Ronaldo Caiado determinou o fim das escolas de placa pré-moldadas pelo estado, totalizando mais de 100 e a Seduc está trabalhando para cumprir a determinação.
Jornal Opção: Por que muitas delas precisaram de novas licitações?
Gustavo Veiga Jardim: Elas estavam paralisadas há anos, com contratos vencidos, ou com empresas falidas por falta de pagamento, ou com desinteresse das empresas em continuar mesmo pagando as dívidas, ou mesmo com opção de gestão de um novo levantamento para atualizar os projetos e orçamentos (visto que estão abandonadas há anos). Para ser mais preciso, dentre essas 32 obras, apenas nove não precisaram de nova licitação.