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Deputados mantém mistério sobre reunião com secretário da Casa Civil e devem oficializar posição apenas na quarta-feira (10)

Apesar da expectativa de que fosse batido o martelo já nesta terça-feira (9/5), a reunião dos deputados estaduais da base governista e do secretário da Casa Civil, João Furtado, não resolveu o imbróglio sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto dos Gastos. O grupo, que envolve seis parlamentares, se recusou a votar conforme o relatório de Gustavo Sebba (PSDB) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

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Henrique Arantes (PTB), Simeyzon Silveira (PSC), Francisco Jr. (PSD) e Lissauer Vieira (PSB), apresentaram voto em separado para retirar da proposta que limita os gastos públicos a saúde e a educação. Além deles, os suplentes da CCJ Carlos Antônio (PDT) e Virmondes Cruvinel (PPS) também endossaram a iniciativa, dando mais força para o grupo, que, junto à oposição, conseguiria aprovar esta versão na comissão.

Desde a semana passada, o governo se comprometeu a fazer projeções para avaliar em que pontos poderia recuar. Na reunião desta terça-feira, os deputados receberam algumas contra-propostas da Casa Civil.

Eles discutirão as alternativas ainda nesta terça-feira e já convocaram uma coletiva para quarta-feira (10), quando devem oficializar a posição. O líder do governo, deputado Francisco Oliveira (PSDB), já adiantou que será convocada uma sessão extraordinária da CCJ também na quarta-feira.

Segundo Francisco, o governo cedeu porque valoriza o apoio dos parlamentares e respeita suas bases políticas. “O importante é que os parlamentares lutaram pelos servidores e eu tenho certeza que eles estarão satisfeitos com qualquer uma delas”, garantiu o tucano.

Fontes disseram ao Jornal Opção, no entanto, que o governo não cedeu tanto quanto o grupo gostaria e que, por isso, as discussões devem continuar e pode ser que o embate seja resolvido apenas no plenário.